Opinião de Viegas Gomes
O pânico ao terrorismo e ao Zika têm influenciado positivamente o Algarve na sua corrente turística, aumentando 35 por cento mais a capacidade de oferta dos seus hotéis que para os meses altos têm quase esgotada a sua capacidade. Trata-se de uma mudança de zonamento turístico, de correntes que antes preferiam a Turquia e o Médio Oriente. Os clientes desta corrente turística estão agora a preferir o Algarve, como zona mais tranquila, que oferece mais segurança. Marcar férias para o Algarve torna-se assim uma operação difícil devido ao esgotamento do parque hoteleiro. À frente desta corrente vêm os ingleses na procura da hotelaria algarvia. Trata-se como evidente de um desvio das correntes turísticas em relação a certos destinos, como preferência pelo Algarve. Um desvio na bacia do Mediterrâneo e no Magrebe. A epidemia do Zika também fez aumentar esta mudança. As próprias linhas áreas tem vindo a avisar os agentes para se apressarem nas suas marcações. As férias constituem uma permanência e é conveniente que não sejam perturbadas por fatores estranhos. No tempo em que se permanece no local convem que tudo se passe sem perturbação. Se turismo significa movimento temporário para os destinos fora do lugar normal de residência, é necessário que o turismo se desenvolva com base nas facilidades e necessidades. Mas isto não significa que os destinos não sejam bem vendidos com bastante agressividade e dentro das regras de marketing do setor. Que não haja em ação em função toda uma organização turística para que se dê o natural reconhecimento de o Algarve ser um destino agradável, preferente, seguro, embora a segurança seja uma fator vulnerável mas sempre a ter na decida conta.
Viegas Gomes