Os reformados, aposentados e pensionistas algarvios estão a organizar-se para rumar a Lisboa, esta quinta-feira, onde participarão na manifestação a nível nacional contra as políticas do Governo, que decorrerá na capital.
“À sanha destruidora e revanchista da direita no poder, arrogante na sua relação com o povo, mas sempre pronta a dobrar a cerviz perante os ditames do capitalismo internacional, urge dar mais uma resposta à altura”, explica a Comissão Regional do Algarve da Inter-Reformados, ligada à CGTP.
Uma manifestação que, de acordo com a Inter-Reformados, pretende protestar contra “o roubo dos direitos, salários e pensões e pela convocação de eleições antecipadas, que propiciem a implementação de uma política de esquerda e soberana”.
“Sob pretexto da crise que eles próprios geraram e de que tiraram largos proventos, os detentores do poder económico-financeiro e os seus homens de mão destacados nas engrenagens do poder político desencadearam uma violenta ofensiva contra o povo e, em particular, contra os reformados, os aposentados e os pensionistas”, lamentam os reformados algarvios.
A Inter-Reformados fala de uma “ofensiva, que passa pela violação grosseira e sistemática da legalidade e de regras há muito consolidadas no ordenamento jurídico, bem como pela retirada de direitos arduamente conquistados”. E explica que a situação traduziu-se por uma “enorme carga fiscal, agravada pela drástica redução das deduções específicas”, pelo “agravamento das taxas moderadoras no acesso à saúde”, pelo “aumento da contribuição para a ADSE e pela degradação e privatização de serviços públicos, nomeadamente no âmbito da Segurança Social, da Saúde e da Educação”.
Os reformados, aposentados e pensionistas lamantam ainda que se tenham visto confrontados com o congelamento das pensões, aumento da idade da reforma, implementação e posterior agravamento do “famigerado Factor de Sustentabilidade, com a imposição de uma denominada Contribuição Extraordinária de Solidariedade, agora rebaptizada Contribuição de Sustentabilidade, e ulterior alargamento da sua base de incidência”.
