Reino Unido atrai enfermeiros portugueses com oportunidades de carreira e salários interessantes

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Oportunidades de carreira e um salário maior atraíram Abílio Cardoso e Carina Ferreira para trocar Portugal por experiências profissionais em hospitais em Londres, no Reino Unido.

Ambos fazem parte de um número crescente de enfermeiros portugueses que encontrou trabalho no Reino Unido nos últimos anos graças a anúncios feitos por agências de recrutamento estrangeiras.

“O que mais me motivou foi o conjunto de oportunidades possíveis”, contou à agência Lusa o enfermeiro da Guarda, a trabalhar desde janeiro num hospital privado no noroeste da capital britânica.

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Após 10 anos de profissão em Portugal, e apesar de ter um contrato permanente, Abílio Cardoso resolveu em 2009 responder a vários anúncios para postos no Reino Unido.

Fez duas entrevistas em dezembro e, assegurada uma licença sem vencimento, chegou em janeiro a Londres para começar a trabalhar.

“Algumas coisas são diferentes e nem todas são melhores”, nota este português de 35 anos.

Como exemplo, refere o nível inferior de formação que os colegas britânicos possuem. “Somos melhores ao nível de capacidades e de linguagem técnica”, garante.

Pelo contrário, elogia a “panóplia de especializações” oferecidas nas instituições britânicas, que podem abrir caminho ao “topo da pirâmide”.

Carina Ferreira concorda: as “oportunidades de formação” são superiores do que em Portugal e pesaram na procura de um emprego no Reino Unido.

Recém-licenciada, em julho do ano passado, esta portuense de 22 anos quis fugir ao destino de vários colegas, que trabalham a contratos temporários ou a recibos verdes.

Concorreu a lugares em Portugal, “para descargo de consciência”, mas só recebeu resposta de empregadores privados britânicos, que ainda por cima pagam salários superiores.

Chegada em março, Carina Ferreira verificou porque os enfermeiros portugueses gozam de boa reputação.

“São mais despachados”, relata, “e os doentes gostam de nós porque sabemos do que estamos a falar”.

As dificuldades linguísticas do início, conta, foram ultrapassadas rapidamente, e cinco meses passados, não tem intenções de regressar.

“Londres tem tudo”, justifica, e a carga horária de 37,5 horas por semana é normalmente respeitada, deixando-lhe tempo livre suficiente para desfrutar.

Também Abílio está satisfeito com a qualidade de vida, apesar de estar num país diferente da mulher e dos dois filhos menores.

Sete meses apenas depois de chegar, vislumbra possibilidades de progressão na carreira, ao contrário do que sentia em Portugal.

E comprou uma moto, um desejo que nunca conseguiu realizar antes. “Dependendo de mim”, afirmou, “tenciono ficar”.

AL/JA

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