Remate certeiro: Miguel Oliveira foi o primeiro a chegar de mota à Estíria

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Miguel Oliveira foi o primeiro a chegar de mota à Estíria, tal como o Pedro Mota Soares foi o primeiro a chegar de mota (Vespa) ao Palácio da Ajuda…

No outro dia durante a minha habitual caminhada pela praia, entre Quarteira e Vale de Lobo, quando caminhava pela denominada praia do Cavalo Preto dei de caras com os dejetos de um cavalo, que imaginei ser mesmo um cavalo, pelo vincar das patas, diga-se bem ferradas, na areia e pela qualidade dos dejetos.

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Procurei dar uma de sobrevivente contra a situação no facebook, pois, mesmo que fosse de cavalo e fortemente biodegradável, ninguém pode arrear a estaca onde bem lhe apetece, mas logo fui assaltado, diga-se educadamente, até para não cheirar muito mal, por gente que se julga mais amante dos animais, do que aqui o velhote, só porque denunciei tal facto.

Se calhar o cavalo até vinha fardado, ou então seria de algum camone, daqueles que chegam em aviões privados, e nem sequer são vistos ou revistos e muito menos avaliada a febre. Claro, que isto acontecia antes do Governo da terra de sua majestade e ainda bem, ter autorizado a abertura do corredor, entre o Reino Unido e Portugal, sem as obrigatoriedades que eram impostas pela pandemia.

Se gosto dos animais? Desde os tempos, em que em minha casa tive, em épocas diferentes, primeiro uma gata amarelinha de seu nome põe–te alerta e mais tarde, um gato mais preto que branco, de nome Arménio, porque tinha sido encontrado a miar, pelo meu saudoso pai, na «anchova» do Senhor Arménio Cardoso. Então foi registado com o nome de Arménio.

Mais, tarde, tive um cocker, cocker puro americano. Tinha que ser americano, a quem demos o nome de Maradona. Cão inteligente, defensor acérrimo da natureza e muito à frente do seu tempo, era o que nós chamávamos de um caso sério e de tal forma, que até reclamava, quando alguém deitava beatas para o chão.

Era um verdadeiro cão de guarda, e lembro-me como exemplo, que deixava toda a gente entrar em nossa casa, mas não deixava sair ninguém…

Maradona só não conseguiu ser cão policia

Abria as malas das visitas, sobretudo das senhoras, que estas na descoberta que as mesmas levassem consigo qualquer objecto estranho.

Em casa, todos nós, tivemos uma relação de amor com o nosso Maradona, que só uma vez, esteve largos dias sem nos falar, pelo faco de lhe negarmos a possibilidade de ser cão polícia.

– Que sim, que tinha todas as condições. Que tinha muitas capacidades para exercer a função, bastando apenas que fizemos entrar um requerimento pedindo a sua candidatura e consequente admissão.

O desaparecimento do Maradona foi uma coisa dramática. E fico por aqui, só para dar conta aos e às BESTIAS, que levantaram a grimpa, só porque não gostei que o cavalo tivesse arreado a estaca na praia.

Estava eu a memorizar factos únicos maravilhosos do meu Maradona, quando num repente, ao ligar a TV vejo o grande momento histórico culminado por Miguel Oliveira, ao conseguir a proeza de vencer o seu primeiro grande prémio no MotoGP, com uma corrida inteligente, com um final de prova impróprio para cardíacos, quando foi, por ali for, como se a última curva fosse toda a direito, tornando possível e em emoção, que a Portuguesa fosse escutada e cantada na Áustria, em Estíria.

Esta coragem, esta determinação e inteligência de Miguel Oliveira, esta vitória de um português para Portugal, trouxe-nos à memória, quando Portugal viveu outro momento histórico culminado por Pedro Mota Soares, então vice-presidente do CDS/PP, quando a 21 de Junho de 2011, já passaram nove anos, se tornou, também numa viagem à campeão, o primeiro político a chegar de mota ao Palácio da Ajuda, para tomar posse como Ministro da Solidariedade e Segurança Social, do XIX governo Constitucional.

De «capacete ainda debaixo do braço» e falando à imprensa, o novo ministro diria: – «O País vive situação difícil e o Governo vai ter muito trabalho pela frente. A repartição de sacrifícios tem que ser justa».

E a tão apregoada «repartição de sacrifícios tem que ser tão justa», que muito pouco depois, devido ao facto da «Vespa» do Ministro da Solidariedade ter gripado, e em nome dos sacrifícios que os portugueses viviam, passou a andar num Audi de alta cilindrada, pago por mim, por ti, por você, por todos, num valor superior a 80 mil euros.

Esta mudança de meio de transporte culminada por Pedro Mota Soares acabou por ser frustrante para os «jornalistas da fotografia» que diariamente e à porta do Palácio de S. Bento procurava o melhor ângulo para ver a chegada do motard da política.

Mas um dia tudo mudou e o Ministro da Solidariedade e Segurança Social, nunca mais foi visto de mota e ao frio, vezes houve em que trazia uma manta a tapar-lhe os joelhos, para andar de Audi, com motorista e tudo, o que era mais quentinho.

Pedro Mota Soares tomou posse de mota, como Ministro do XIX Governo 
Consitucional e dias depois já andava com Audi de alta cilindrada pago por todos nós

Para a história também o facto da chegada de Pedro Mota Soares, nesse tempo a pandemia era outra, ter tido mais assistência, que a espectacular, histórica e emotiva vitória do nosso grande campeão Miguel Oliveira, que qualquer dia, vai ter em Almada uma estátua maior que a de Cristo Rei, inaugurada no tempo, em que Almada ainda pertencia a Lisboa.

Vivemos num tempo, onde apesar das alegrias, sobretudo a que nos ofereceu o piloto de Almada, as tristezas e as atitudes são cada vez maiores e piores, e nem mesmo, a reconquista da vinda dos turistas britânicos para Portugal, nos conferiu por agora a chama que nos poderá aquecer o futuro.

Os ditos e reditos na imprensa, a guerra aberta entre governo e médicos, não faz bem à saúde, e é bom que Marcelo Rebelo de Sousa deixe de ser o árbitro, juízes de linha, quarto árbitro e vídeo árbitro, por forma a neutralizar e a clarificar, que a política não pode ser uma guerra, antes a fundamental razão, que encontra na sua consistência, os valores da democracia, que os portugueses cada vez mais exigem.

Já não é o país ou alguns lugares do País, a andarem a duas ou três velocidades devido à pandemia, são cada vez mais os interesses instalados, de pessoas, que apesar das suas incompetências demonstradas noutras ocasiões, voltam ao lugar do crime, mesmo com cursos tirados por correspondência.

É por isso, que existe uma nova classificação para os portugueses, ou seja, os INDESEJADOS, agora encurralados numa arena cada vez maior, classificados, quase como indigentes, com fome, sem casa, sem uma brasa que lhes alimente o calor da esperança.

Ontem foi uma festa em Almancil, agora em Fafe, dentro de dias em qualquer outro local. É verdade que tudo é economia, que o país não pode parar, mas não podemos andar a reboque de esperanças adiadas, assim a modos, de que, enquanto o pau vai e volta, descansam as costas.

E quando agora a vida escolar for retomada, eu até estranho o silêncio do Presidente do Sindicato dos Professores, e outras tomadas de posição, o que fazer se tudo se agravar nas escolas, nas creches, no pré escolar, nas universidades, nos quartéis, nos lares, nos serviços! Lá voltaremos todos outra fez para o confinamento, com os mais velhos marcados pela solidão, pelos silêncios de uma vida desgraçada, que agora até nos proíbe de um banho de sol no jardim.

Tal como na pobreza, também na política, o sol quando nasce é para todos, ou seja, aguardamos pelas decisões sobre a Festa do Avante, que desejamos que se realize, pelas hastes culturais, humanas e políticas que ergum, o que será também um bom sinal para a saúde de todos nós.

Mas se não tiver que ser, acreditando aqui que os médicos não são cobardes e que a Direcção Geral de Saúde, não é, sem ofensas uma oficina de electricistas, o histórico e notável PCP, não terá, aliás, como sempre prometeu, de agir de forma inversa ao que defende a OMS ou a DGS, porque só assim é que continuaremos a acreditar uns nos outros, para que não aumente a soma dos indesejados, empurrados todos os dias, para a nova arena…

Finalmente, e nem sequer estou a utilizar a máxima, de quem não se sente, não é filho de boa gente, para dizer, que não gostei, que o meu amigo António Costa tivesse apelidado os médicos daquela forma.

Já me ia esquecendo. Congratulemo-nos com excelente e discreto trabalho, que os José Apolinário vem realizando no Algarve.

Neto Gomes

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