Tal como o JA adianta na última edição em papel, nem a Repsol-Partex nem a Portfuel vão desistir da exploração de petróleo e gás no Algarve.
Apesar de esta quarta-feira o “Diário de Notícias” ter noticiado que o Governo já deu início ao processo de rescisão dos contratos que tinha assinado com estas empresas, a Repsol já garantiu que não vai desistir da exploração, mas promete “manter o diálogo”, conta o DN.
Já a Portfuel, do empresário Sousa Cintra, também garante que não vai aceitar o chumbo do governo aos projetos de exploração de petróleo no Algarve.
“O que eu quero é fazer obra, prosseguir os trabalhos e descobrir se há ou não petróleo no Algarve e se é economicamente viável. Não me interessam indemnizações, mas se teimarem nesta situação não temos outro remédio”, adianta o empresário em declarações ao DN/Dinheiro Vivo.
Entretanto, nos últimos dias têm se sucedido as reações de contentamento em relação à rescisão dos contratos. Ambientalistas, autarcas, empresários e agentes do turismo aplaudem a decisão do Governo.
No entanto, de todos os contratos assinados pelo anterior Governo, sobra ainda o da Galp e da ENI Portugal, que concede direitos de prospeção, pesquisa, desenvolvimento e produção de petróleo nas áreas denominadas Lavagante, Santola e Gamba, na Bacia do Alentejo (o furo exploratório está previsto para cerca de 46 quilómetros em frente a Aljezur).
Ou seja, tal como o Jornal do Algarve revela na última edição (que fechou antes do anúncio da rescisão dos contratos), o ano de 2017 será crucial no que toca aos planos das petrolíferas para explorar petróleo e gás no Algarve.
Nuno Couto | Jornal do Algarve