As obras de requalificação da estrada nacional 125 deveriam ter terminado em 2012, pouco depois da introdução das portagens na Via do Infante. Mas quase seis anos depois, o troço que liga Olhão a Vila Real de Santo António continua à espera de intervenção. Já o troço que liga Olhão a Vila do Bispo está praticamente terminado, mas a comissão de utentes não está satisfeita: “o trânsito tornou-se mais lento, para desespero de utentes e comerciantes, e os acidentes de viação aumentaram”
A Comissão de Utentes da Via do Infante diz que, apesar das obras de requalificação realizadas nos últimos meses, a estrada nacional 125 está de novo transformada numa “perigosa rua urbana pejada de armadilhas mortais”.
O movimento anti-portagens argumenta esta acusação com “os inúmeros acidentes rodoviários que ocorrem na EN125”, frisando que “enquanto a requalificação da via entre Olhão e Vila Real de Santo António tarda em avançar, a requalificação entre Olhão e Vila do Bispo deixa muito a desejar, evidenciando erros técnicos clamorosos”.
“O trânsito tornou-se mais lento, para desespero de utentes e comerciantes, e os acidentes de viação aumentaram”, salienta a comissão de utentes, acrescentando que, “para cúmulo, torna-se insuportável circular na via entre Odiáxere e Pêra, cujas obras simultâneas na ponte do Arade e nas rotundas da Figueira, Norinha, Penina, Escola Internacional e Pêra, transformaram esses troços num autêntico caos”.
Recorde-se que estas obras, conduzidas pela concessionária RAL, Rotas do Algarve Litoral, representaram um investimento de cerca de 100 milhões de euros, só nos 70 quilómetros entre Olhão e Vila do Bispo. Ao todo, foram introduzidas cerca de 50 rotundas com o objetivo de “permitir uma melhor circulação de tráfego” e foram colocados traços contínuos e separadores centrais em muitos locais para impedir viragens à esquerda, no sentido de evitar acidentes nesta estrada que tem muita sinistralidade. Mas estas obras – que ao longo dos últimos anos sofreram vários constrangimentos de ordem financeira que atrasaram a intervenção – não agradam a todos.
E falta, ainda, o resto da via, de Olhão até VRSA, cujos cerca de 40 quilómetros estão em muito maus estado…
(NOTÍCIA COMPLETA NA ÚLTIMA EDIÇÃO DO JORNAL DO ALGARVE – NAS BANCAS A PARTIR DE 16 DE NOVEMBRO)
Nuno Couto|Jornal do Algarve