Reservas de água chegam para abastecimento público à região

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As reservas de água no Algarve são suficientes para assegurar o abastecimento público e apesar de os níveis das barragens estarem baixos não estão previstas restrições ao consumo, segundo fonte da Águas do Algarve.

A ausência de chuva tem contribuído para acentuar a seca, sobretudo no sotavento (leste) algarvio, no entanto, as reservas de água existentes permitem dar a “garantia” de que não haverá condicionantes ao abastecimento, referiu a porta-voz da empresa que gere o sistema multimunicipal de abastecimento público de água no Algarve.

“Os dados que temos relativamente às necessidades hídricas de abastecimento à população algarvia, que se situa na ordem dos 72 milhões de metros cúbicos, e aquilo que são as reservas atuais, mais as captações subterrâneas, permite-nos dar a garantia de que não há, para já, nenhuma previsão de qualquer tipo de constrangimento ao abastecimento, quer em quantidade, quer em qualidade”, assegurou Teresa Fernandes.

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Aquela responsável reconheceu, contudo, que “as reservas de água disponíveis este ano na região algarvia estão abaixo daquilo que seria desejável para esta altura do ano”, o que se explica pela “fraca ou quase nula pluviosidade que se deu em 2020 e no ano hidrológico de 2019”. 

A mesma fonte esclareceu que há “duas situações diferenciadas no Algarve”, uma no barlavento (oeste) algarvio, servido pela barragem de Odelouca, onde “as disponibilidades hídricas são superiores” e se situam “na ordem dos 40%”, e outra no sotavento, que conta com as barragens de Odeleite e Beliche, onde os níveis se situam “entre os 16 e os 20%”.

“Acresce a isto as captações subterrâneas, que também existem e servem de fonte de abastecimento de água, onde vamos também buscar reservas, mas, de facto, o barlavento algarvio está numa situação mais tranquila do que o sotavento”, afirmou.

Teresa Fernandes alertou, no entanto, para a capacidade que o serviço de abastecimento público gerido pela Águas do Algarve tem de, com “uma estação elevatória reversível situada em Loulé”, poder “transportar água do sotavento para o barlavento e vice-versa”, caso seja necessário.

“Há aqui uma maior eficácia na gestão dos recursos hídricos para o abastecimento público, pelo que esta disponibilidade técnica – evidentemente que o ideal seria que os níveis fossem superiores em qualquer das zonas –, dá uma maior resiliência ao sistema multimunicipal” que faz o abastecimento de água ao Algarve, considerou.

Isso não quer dizer “que não seja importante fazer uma gestão assertiva e rigorosa da gestão da água em todos os fins”, sublinhou, referindo-se não apenas à gestão da água nas casas de cada um, mas também à necessidade de haver “um cuidado muito grande naquilo que são a eliminação das perdas e de se fazer um uso eficiente da água em todos os fins, agrícolas, consumo humano e turísticos ou rega de espaços verdes”, alertou.

Aquela responsável destacou a “cada vez maior utilização” de águas provenientes de Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) “para outros usos que não o consumo humano”, nomeadamente, para a rega de campos de golfe, como uma forma de preservar as reservas existentes.

Teresa Fernandes apelou, por isso, a que estas águas tratadas sirvam também para outros usos fora do consumo humano, como a lavagem de ruas ou a rega de jardins.

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