Respirar com qualidade na China? A solução é comprar ar puro engarrafado

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Os altos níveis de poluição atmosférica em Pequim são uma dor de cabeça quase permanente para os seus habitantes. Contudo, há uma empresa no Canadá que tem feito negócio com o problema, principalmente desde que a capital chinesa emitiu o primeiro alerta vermelho. Em alternativa ao ar contaminado, a Vitality Air vende ar puro engarrafado, capturado na parte canadiana das Montanhas Rochosas. O stock inicial exportado, de 500 latas, esgotou num ápice.

Em apenas quatro dias, a empresa vendeu todas as unidades disponíveis e está a tratar de repor a sua mercadoria. Um carregamento de 4.000 latas já se encontra a caminho da China.

“Na China o ar puro é um luxo, algo muito precioso”, afirmou Harrison Wang, representante da Vitality Air na China, citado pelo “The Telegraph”.

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Wang explica ainda que os principais clientes da empresa são mulheres, que compram as latas para consumirem o ar em casa ou para oferecerem como presente.

Cada garrafa pode custar entre 17 e 54 euros. A empresa, fundada em 2014 por Moses Lam e Troy Paquette, assegura que “os sentidos reconhecem a diferença entre um ar pobre e a qualidade de respirar ar puro” e que, com a Vitality Air, “qualquer pessoa pode desfrutar com elevada qualidade” dessa experiência. “Lembram-se do dia em que as pessoas se riram da água engarrafada?”, pergunta.

A Vitality Air vende garrafas de ar puro e de oxigénio na América do Norte, Índia e Médio Oriente, tendo iniciado o negócio no mercado chinês há cerca de dois meses. No entanto, a empresa canadiana não é a primeira a vender ar puro na China, já que outras empresas tentaram criar alternativas para fazer frente à crise ambiental.

A 8 de dezembro, terça-feira, os níveis extremos de poluição atmosférica obrigaram as autoridades de Pequim a decretar o alerta vermelho na capital chinesa, recomendando o encerramento de escolas e proibindo as atividades no exterior bem como a circulação de milhares de automóveis, entre outras medidas de emergência. Esta foi a primeira vez que o alerta vermelho, o mais grave de uma escala com quatro níveis, foi emitido.

Principal país poluidor no mundo, a China anunciou, durante a conferência do clima (COP21) em Paris, a intenção de reduzir em 60% as emissões dos principais poluentes das suas centrais a carvão até 2020.

(Rede Expresso)

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