Responsabilidades políticas e sociais do encerramento tardio das escolas

As escolas portuguesas voltaram a encerrar no dia 22 de janeiro de 2021.


Durante todo o 1.º período letivo (de setembro a dezembro) muitos foram os casos de Covid 19 em alunos, docentes e não docentes nas escolas.


Ouvimos, durante este período de tempo, António Costa e Tiago Brandão Rodrigues afirmarem que as escolas não eram foco de contágio e, por isso, não havia necessidade de realizar testes à comunidade educativa nem de colocar em isolamento todos os cidadãos que estivessem em contacto com alunos, docentes ou não docentes infetados.


Pois… António Costa e Tiago Brandão Rodrigues, mentiram!


O governo nunca quis publicar a lista de estabelecimentos de ensino que tinham ou tiveram casos de infeção. A FENPROF divulgou uma lista com mais de 1000 escolas com casos de infeção confirmados.


O governo sempre recusou dizer onde e em quantos estabelecimentos de ensino havia casos de Covid 19. Foi necessária a intervenção do tribunal para obrigar judicialmente o Ministério da Educação e o governo a tornar pública a referida lista. Esta lista tem mais de 3000 estabelecimentos de ensino com casos de infeção.


No distrito de Faro, os diretores dos Agrupamentos de Escolas reuniram com o Delegado Regional de Educação no dia 20 de janeiro, o qual reiterou a orientação do Ministério da Educação e do governo: as escolas não são para fechar!


A pressão dos epidemiologistas e da saúde foram fundamentais para que António Costa aceitasse encerrar os estabelecimentos de ensino.


Os milhares de casos de contágio e centenas de mortes reduziram drasticamente após 2 semanas de encerramento das escolas.


É claro que estes números não são apenas o resultado do encerramento das escolas mas a grande maioria será devido às interações dos envolvidos nas comunidades educativas (alunos, pais, avós, docentes, não docentes, filhos, família, vizinhos, …).


António Costa e Tiago Brandão Rodrigues são os responsáveis políticos e civis pelo número elevadíssimo de casos diários de contágio que surgiram em meados de janeiro e, consequentemente, das centenas de mortes de cidadãos portugueses ao decidirem cegamente pelo não encerramento atempado das escolas.


Quando os especialistas da saúde considerarem que as escolas devem reabrir, têm de ser garantidas todas as condições de segurança sanitárias exigidas, (testes, distanciamento nas salas de aula, higienização dos espaços ao longo do dia, entre outras medidas) ou irão arriscar, António Costa e Tiago Brandão Rodrigues, mais uma vez, a serem os responsáveis por uma quarta vaga da Covid 19, ainda mais mortal que a de janeiro?


Podem existir muitas justificações para essa decisão mas nada justifica o desrespeito pela vida humana.

Ana Simões

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