Restaurantes do Tavira Gran Plaza fecham em protesto contra “atitude” da administração

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Lojistas dizem que vão manter o protesto enquanto a administração do Gran Plaza não tomar medidas para inverter a situação

Lojistas queixam-se de rendas “injustas”, “incoerentes” e “insuportáveis”, bem como de a administração não ter conseguido cativar público. Administração recusa-se a aceitar uma “solução conjunta” e garante que o espaço já recebeu mais de 8 milhões de visitantes

Domingos Viegas

A maioria dos estabelecimentos de restauração do centro comercial Gran Plaza, de Tavira, não abriu esta quarta-feira como forma de protesto contra o valor das rendas aplicadas e devido ao facto de a administração daquele espaço comercial “não ter encontrado soluções” para cativar mais público.

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“Queremos mostrar a grave e insustentável situação a que chegou toda a restauração deste centro comercial”, refere um dos lojistas. A situação tem vindo a arrastar-se desde abril, altura em que os lojistas começaram a manifestar o seu mal estar à administração do centro comercial, “que pouco ou nada fez”, lamenta o mesmo lojista.

Os lojistas queixam-se de “desigualdades”, de “rendas injustas”, “incoerentes” e “insuportáveis”, uma situação que “se agravou ainda mais pela conjuntura económica em que vivemos e pela falta de público massa que esta administração nunca conseguiu captar”, referem.

Um dos lojistas contactado pelo Jornal do Algarve explicou que “mesmo perante esta situação, as rendas foram aumentadas este ano”, havendo quem esteja a pagar “quatro, cinco ou seis mil euros”, numa altura em que a faturação “baixou, em média, cerca de 20 por cento”.

“Nesta altura, o centro comercial está praticamente vazio e só aparece alguém ao fim de semana”, lamenta.

Os lojistas garantem que vão continuar o protesto enquanto a administração do centro comercial não lhes der garantias de que vai tomar medidas para alterar a situação. Admitem saber que correm o risco de incorrer em sanções contratuais, mas explicam que esta foi a solução encontrada para protestar contra “a inflexibilidade, a arrogância e prepotência da administração deste espaço comercial”.

Administração diz que “não aceita uma solução conjunta”

Entretanto, a administração do Tavira Gran Plaza já emitiu um comunicado onde explica que tem vindo a reunir com os lojistas da restauração e tem estado disponível para analisar cada uma das operações, bem como “discutir caso a caso a solução a adoptar”, mas sublinham que “devido à especificidade de cada um dos negócios em operação, não pode concordar com a imposição de uma solução conjunta”.

Os responsáveis garantem ainda que o Tavira Gran Plaza “tem por princípio uma gestão activa, dialogante e flexível, acompanhando de perto os seus lojistas e as suas operações”. E que “este negócio tem por base uma parceria entre o proprietário e o lojista com o intuito de encontrar as melhores soluções que permitam o sucesso do Centro Comercial como um todo”.

A administração recorda que desde a sua abertura, o Tavira Gran Plaza recebeu mais de 8 milhões de visitantes, tem 105 lojas e tem como objectivo “manter a qualidade e uma oferta comercial adequada às necessidades dos seus visitantes”.

“Desde a sua abertura, o Tavira Gran Plaza recebeu mais de 8 milhões de visitantes, tem 105 lojas e tem como objectivo manter a qualidade e uma oferta comercial adequada às necessidades dos seus visitantes, tendo entre 2010 e 2011 reforçado a variedade de lojas acrescentando ao seu mix várias insígnias internacionais de relevo, tais como, Springfield, Mango, Throttleman/Red Oak, Lion of Porches e Code”, concluem os responsáveis do centro comercial.

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5 COMENTÁRIOS

  1. Os promotores imobiliarios achavam que o mercado dos centros comerciais era imune à crise, muitos empreendimentos estão com quebras acentuadas e são pouco rentáveis, pelo que agora se os lojistas dos centros comerciais de Norte a Sul se unirem as rendas vinculadas por contratos atipicos que conferem maiores poderes aos promotores, podem no curto prazo passar para os lojistas. Unam-se e desfrutem, porque os promotores apesar de não demonstrarem estão cagados de medo!

  2. Com rendas destes valores mais valia terem pedido um empréstimo ao banco e comprar um espaço no centro desta ou de outra cidade. De certeza que não pagariam uma prestação tão alta… e nesse caso a captação de clientes só dependia da vossa imaginação e da qualidade do que comercializassem

  3. Conheço este espaço comercial e sei que a admnistração nada tem  feito para cativar os clientes à semelhança de outros espaços comerciais que os promovem realizando desfiles de moda, música ao vivo ou mesmo outros eventos.

  4. Conheço bem este espaço comercial e tenho a certeza que mesmo entre Outubro e Março com acções de Marketing este espaço seria bem mais utilizado. As lojas fecham talvez por as marcas não serem apelativas, têm que trazer mais marcas que captem o publico alvo necessário para fazer crescer esta área. Timberland e marcas deste nivel têm que estar presentes!!! Mesmo a nivel de restauração têm que trazer mis variedade e mais qualidade!!

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