Em entrevista ao JA, o presidente da Junta de Freguesia de Salir revela um pouco do trabalho que tem vindo a ser feito pela sua equipa nesta freguesia que tem vários espaços de beleza natural única. O Alto do Malhão, a Rocha da Pena, o Barranco do Velho e a Cortelha são alguns desses pontos.
S.C.S.
Jornal do Algarve – A freguesia de Salir está a apostar cada vez mais em eventos durante o Verão. Quais os eventos que estão agendados para este ano?
Deodato João – Os eventos nesta freguesia decorrem ao longo de todo o ano. Além das feiras temos a Festa da Espiga que se realiza em Maio, sendo o evento com mais significado para a população, por ser o mais tradicional e participado pelos diversos sítios da nossa freguesia no cortejo alegórico, também desempenha um papel turístico para os milhares de visitantes que anualmente nos visitam.
Dado o grande número de associações e colectividades da freguesia temos vários eventos que assinalam os aniversários das mesmas nesta altura do ano, demonstrando as suas actividades culturais, desportivas e etnográficas, desenvolvendo um papel muito importante na freguesia.
Em parceria com a Comissão Fabriqueira da Paróquia de Salir, realiza-se no dia 8 de Agosto a Festa da Nossa Senhora do Pé da Cruz, altura do ano em que os nossos imigrantes vêm reviver saudades da sua terra.
Entre 3 e 5 de Setembro temos a segunda edição da Festa Medieval de Salir. A primeira edição foi um êxito e ultrapassou as expectativas ao ter recebido cerca de seis mil visitantes. Trata-se da recriação histórica da conquista do Algarve aos Mouros, estando também presente o mercado medieval. Este ano pretende-se alargar esta festa a mais algumas ruas da Vila, sendo as entradas gratuitas.
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JA – Além dos eventos, quais os pontos de visita que aconselha a quem não conhece a freguesia?
DJ -A freguesia é muito vasta e desta forma os pontos de visita são variados. O alto do Malhão, a Rocha da Pena, Cortelha, Barranco do Velho são locais onde pode desfrutar a natureza e contemplar a paisagem deslumbrante, avistando a Vila de Salir.
Em Salir poderá encontrar percursos pedestres que atravessam as hortas de Salir, onde existe a rota das noras e que merece a nossa melhor atenção, pois é um legado muito importante deixado pelos nossos antepassados.
Temos ainda algumas ruínas das muralhas do castelo na parte mais histórica que são local de visita obrigatória a par da visita ao Pólo Museológico, um equipamento onde estão depositados vários objectos encontrados nas escavações junto às ruínas.
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JA – Quais são os maiores problemas da freguesia neste momento?
DJ – No seguimento das necessidades básicas já referidas, nota-se a falta de infra-estruturas que permitam contribuir decisivamente para o progresso e desenvolvimento de Salir. A revisão e alteração do PDM, de forma a combater ou minorar a desertificação na freguesia é essencial. Existem inúmeros casais à espera desta alteração para poderem construir o seu lar próximos dos seus familiares.
Alargamento do saneamento básico às zonas situadas no perímetro urbano é outro problema mas que se prevê colmatar agora que está terminada a nova ETAR. Precisamos ainda de fazer a remodelação da rede de abastecimento de água em Salir com a construção de novo reservatório, porque as condutas existentes estão constantemente em rotura.
[entrevista publicada na íntegra na edição papel do Jornal do Algarve de 5 de Agosto de 2010]