Risco da dívida portuguesa fixa máximo histórico

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Segundo a Bloomberg, os “credit-default swaps” (CDS) sobem 20 pontos base para 466,5 pontos base e registam um novo máximos histórico, depois de ontem os investidores terem chegado a exigir o maior prémio de risco para financiar a dívida portuguesa em vez da alemã.

A subida do prémio dos contratos que conferem protecção aos seus detentores, contra o risco de incumprimento da divido portuguesa, ocorre no dia em que vai ocorrer a reunião de Conselho de Ministros, onde se deverão decidir as medidas adicionais de austeridade, que serão propostas para o Orçamento de Estado de 2011.

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Simultaneamente, os prémios exigidos pelos investidores para deterem a dívida portuguesa em vez da alemã agravam-se, reflectindo a preferência dos investidores pela segurança relativa da dívida pública alemã.

Obrigações sobem e impulsionam prémio de risco

Os juros das obrigações portuguesas com maturidade a 10 anos, avançam 6,9 pontos base para 6,581%, mas negoceiam abaixo dos máximos históricos que registaram ontem, depois de terem ultrapassado a fasquia dos 6,6% pela primeira desde a entrada no euro. No prazo de cinco anos, os custos de financiamento ascendem 7,7 pontos base para 5,797%, enquanto no prazo de dois anos, os juros da dívida avança 6,1 pontos base para 4,460%.

Os investidores estão a preterir a exposição às obrigações das economias periféricas e a aumentar a exposição à segurança relativa das obrigações alemãs, ampliando o prémio de risco que os investidores exigem para financiar a dívida pública portuguesa. As obrigações alemãs preparam-se para registar um terceiro trimestre consecutivo de ganhos (as cotações variam em sentido inverso aos juros), antes também da divulgação de um relatório que os economistas estimam que dará conta de um enfraquecimento da confiança na economia europeia.

“A Irlanda e Portugal, provavelmente, vão impulsionar a negociação das obrigações alemãs”, dizem a equipa de analistas do WestLB, numa nota de investimento citada pela Bloomberg. “As ‘bunds’ deverão negociar bem suportadas à medida que a incerteza persiste, e uma correcção sustentada das emissões portuguesas e irlandesas, também parece improvável por agora”, referem.

Os juros das obrigações alemãs descem 0,2 pontos base para 2,248% e contribuem para a subida do prémio de risco que os investidores exigem para financiar a dívida portuguesa em vez da alemã, que se salda agora em 431 pontos base.

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