Risco de derrames nas ETAR é “muito reduzido”

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Os produtos químicos são utilizados em algumas ETAR da região na desodorização do ar viciado. Na imagem: Sistema de desodorização por via quimica da ETAR de VRSA

A libertação de uma pequena quantidade de hipoclorito de sódio (lixívia) na ETAR de Vale Faro-Albufeira, no passado dia 7 de abril, causou alguma apreensão entre a população. No entanto, em declarações ao JA, a empresa Águas do Algarve garante que a situação está completamente controlada e que todas as estações de tratamento de águas residuais (ETAR) da região estão a funcionar normalmente e sem problemas.

“No caso da ETAR de Vale Faro verificou-se uma pequena fissura na tubagem de alimentação ao reservatório de hipoclorito de sódio, o que obrigou à trasfega de reagente para outros reservatórios de menor dimensão”, explicou ao JA a porta-voz da empresa, Teresa Fernandes, sublinhando que desta situação “não resultaram quaisquer danos humanos ou ambientais”.

A responsável adiantou que a Águas do Algarve chamou os bombeiros para ajudar a controlar os efeitos do acidente, já que se verificou a libertação de gases e vapores na zona e, como medida de precaução, foi delimitado um perímetro de proteção no exterior da ETAR, situação que se prolongou enquanto decorreram os trabalhos de trasfega do reagente, no interior da instalação.

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“O reservatório onde se verificou a fissura tinha sido reparado recentemente, no âmbito dos trabalhos de manutenção realizados periodicamente”, referiu Teresa Fernandes, frisando que, mesmo assim, “o impacto de qualquer acidente, no exterior da instalação, é praticamente inexistente”, na medida em que o reservatório está situado “no interior de uma bacia de retenção para contenção de reagente”, que tem como objetivo precisamente prevenir este tipo de derrames.

Produtos químicos para tratar a água

A porta-voz da Águas do Algarve explicou ainda ao JA que a utilização de alguns produtos químicos, como a lixívia, “não é generalizada a todas as instalações”, estando apenas prevista em algumas estações de tratamento de águas residuais geridas pela empresa.

“A sua utilização pode abranger três etapas de tratamento: no tratamento biológico (com vista à remoção de nutrientes), no efluente final (com vista à desinfeção da água residual) e na desodorização do ar viciado, por via química”, referiu Teresa Fernandes, acrescentando que “é nesta última etapa que se utilizam produtos químicos como o hidróxido de sódio, o ácido sulfúrico e o hipoclorito de sódio (vulgarmente conhecido por lixívia)”.

A responsável garante ainda que “o armazenamento e utilização destes reagentes cumpre com todos os requisitos legais de ambiente e de segurança”, pelo que “os riscos associados são muito reduzidos, ficando limitados ao interior das instalações e apenas aos trabalhadores que operam nas mesmas”.

Nuno Couto | Jornal do Algarve

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