Rogério Bacalhau recandidata-se a um terceiro mandato em Faro

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O social-democrata Rogério Bacalhau, presidente da Câmara Municipal de Faro, vai recandidatar-se nas eleições autárquicas deste ano para tentar alcançar o terceiro e último mandato à frente da autarquia da capital algarvia, disse o próprio à agência Lusa.

Depois de o PSD ter divulgado o seu nome entre os cabeças de lista a 77 câmaras, o atual presidente da autarquia considerou o anúncio “natural”, uma vez que o partido já tinha tomado a decisão de “apoiar os presidentes em exercício, que pudessem e se quisessem recandidatar”.

Eleito em 2013 e reeleito em 2017, Rogério Bacalhau (PSD/CDS-PP/MPT/PPM) conseguiu, com a sua reeleição, quebrar a tendência eleitoral do município, cuja ‘tradição’ era de alternância sistemática de poder entre o PS e o PSD. 

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“É nesse sentido que hoje foi divulgado e é o meu caso, já que estou em condições de poder recandidatar-me e, a seu tempo, apresentarei a candidatura”, afirmou o professor, que se retirou da escola em 2009 para integrar a lista de Macário Correia.

O autarca assumiu que um possível terceiro e último mandato será “uma continuidade dos anteriores”, mas terá “maior realização” de projetos, tendo em conta tudo o que está a ser preparado, desde “a frente ribeirinha, à baixa da cidade, intervenções nas freguesias rurais e no Montenegro”.

Questionado quanto à vontade em manter a atual lista que o apoia na Câmara Municipal, remeteu uma posição para mais tarde por considerar não ser “hoje o momento para isso”, acrescentando que o partido sabe “qual a sua posição” e que “a seu tempo” irá apresentar a lista.

Em jeito de balanço o autarca afirmou que “só com tempo” é possível “preparar e executar projetos”, defendendo que os mandatos autárquicos “deveriam ser de seis anos, com um limite de dois mandatos”, alegando que “quatro anos é muito pouco”.

“Estivemos o primeiro mandato a resolver problemas financeiros, pagámos o PAEL [Programa de Apoio à Economia Local] e o reequilíbrio financeiro em 2017 e o segundo mandato foi de muita realização [de obras] com milhões de investimento todos os anos, mas os grandes projetos que estamos a desenvolver não cabiam neste mandato”, assumiu.

Rogério Bacalhau refere-se às frentes ribeirinhas, à habitação social e a “um conjunto de outros projetos” que admitiu estarem em preparação: “Há muita coisa para continuar e muito para fazer”, concluiu.

Rogério Conceição Bacalhau Coelho nasceu a 9 de abril de 1962 em Paderne, Albufeira, tendo-se mudado para Faro aos seis anos, cidade onde estudou, constituiu família e desenvolveu a sua atividade pro­fissional como professor de Matemática.

Licenciado em Matemática pela Universidade de Coimbra, lecionou durante vários anos na Escola Secundária João de Deus, em Faro, de onde saiu, em 1994, para dirigir a Escola Secundária Pinheiro e Rosa, que abriu nesse ano.

Rogério Bacalhau sucedeu na presidência da Câmara Municipal de Faro a Macário Correia, depois de ter sido seu vice-presidente e de o ter substituído durante alguns meses quando este foi condenado a perda de mandato por irregularidades no licenciamento de obras privadas em Tavira, em 2013.

Depois de Macário Correia ter anunciado que não se recandidatava – vindo mesmo a afastar-se da vida política -, nesse mesmo ano, Rogério Bacalhau candidata-se à Câmara Municipal de Faro e vence, feito que repete em 2017.

Na corrida à Câmara Municipal de Faro está também o socialista João Marques, o candidato escolhido pelo PS para tentar recuperar para o partido a presidência da capital de distrito.

João Godinho Marques foi vereador no executivo liderado pelo ex-secretário de Estado José Apolinário, entre 2005 e 2009 – o último de maioria socialista na Câmara Municipal de Faro.

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