Rota da Cortiça… muito mais que um itinerário temático

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Diversificar oferta de atividades e intensificar promoção é o próximo objetivo.

“Experiências que marcam” pode ser o slogan do programa Allgarve mas o espírito desta frase foi agarrado e integra o conceito da Rota da Cortiça. Em pouco tempo, este itinerário temático tem arrecadado o interesse de muitos e maravilhado os seus visitantes. Uma rota única e que retrata uma parte importante da história e identidade dos algarvios da Serra e do Barrocal com muito potencial ainda por explorar

Sofia Cavaco Silva | [email protected]


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A Rota da Cortiça foi concebida com o intuito de criar mais um programa temático que pudesse dar resposta às necessidades dos turistas que cada vez mais estão sedentos de experiências diferentes nos locais que visitam. Ao mesmo tempo, é uma forma de preservar e valorizar a história algarvia relacionada com o sobreiro e a cortiça.

Apesar da grande apetência desta rota para atrair turistas, ela em si própria consegue ser um ponto de interesse pedagógico para os alunos das escolas algarvias e até pode ser encarada como uma boa proposta de lazer, uma experiência diferente para quem reside na região.

“Percorra connosco os sobreirais, conheça as histórias, contacte com as técnicas de preparação e transformação e descubra, pelo caminho, uma enorme paleta de sabores e sensações que nunca tinha pensado experimentar. A cortiça é o fio condutor de uma viagem marcada por seis pontos de interesse: património, natureza, vida rural, tradição, inovação e conhecimento que constituem diferentes pólos temáticos deste itinerário a percorrer”, referem os responsáveis em tom de convite e promoção on-line, no site oficial: www.rotadacortica.pt.

Em entrevista ao JA, o presidente da Associação Rota da Cortiça, Vítor Guerreiro, diz estar satisfeito com a adesão que a rota tem tido. Recordando que 2009 foi o ano de implantação da rota no terreno e do primeiro arranque promocional, Vítor Guerreiro acredita que esta rota está a dar passos firmes e tem um futuro risonho.

“Temos tido um acréscimo de visitantes e de pessoas que mostram interesse na rota, nomeadamente operadores turísticos que trabalham com grupos”, explica.

Só entre Janeiro e 15 de Maio, deste ano, a rota já acolheu mais de 780 visitantes. “O que é bom tendo em conta que se trata da época baixa”, comenta Vítor Guerreiro.

“Percebemos que as pessoas que têm visitado a rota vão daqui maravilhadas com o que viram e com a experiência que tiveram. Isso deixa-nos muito felizes e dá-nos energia para continuar a apostar neste projeto”, acrescenta.

No final do percurso, muitos dos visitantes percebem que a Serra do Caldeirão até tem feito parte das suas vidas nos momentos mais felizes, mesmo que de forma serenamente incógnita. “Muito turistas não sabem que quando estão a abrir uma garrafa de champanhe provavelmente estão a tocar num bocadinho da nossa serra”, comenta Vítor Guerreiro.

Este é um aspeto interessante e que por certo marca os visitantes que quando porventura tocarem novamente numa rolha de cortiça vão olhá-la com um outro olhar e relacioná-la com o Algarve.

Responsáveis garantem experiência inesquecível aos visitantes


Agora que a rota está no terreno e já começa a comprovar o seu potencial, os responsáveis acreditam que é altura de reforçar as propostas de atividades e intensificar o esforço promocional.

Conscientes de que esta rota é um produto interessante para os turistas porque vem complementar os outros produtos turísticos existentes na região, os responsáveis acreditam que este itinerário pode ser uma das experiências que irão marcar o turista.

Importa explicar que o  Museu do Trajo, em São Brás de Alportel, é o ponto de encontro da rota, do guia e dos visitantes. Depois de uma breve explicação sobre tudo o que irão ver e conhecer, os visitantes são convidados para uma caminhada pelo campo até chegarem a um sobreiral. A partir daqui, começam aos poucos a conhecer a Serra do Caldeirão e todo o trabalho necessário para que do sobreiro se retire a cortiça e ela seja tratada e transformada em produtos variados, de que a rolha é o caso mais conhecido.

Apesar de acreditar que este percurso é rico o suficiente para impressionar, cativar e marcar o visitante, a Associação Rota da Cortiça pretende criar um espaço de interpretação da rota, numa antiga fábrica de cortiça.

A ideia é “proporcionar ao visitante da rota também a experiência de fazer uma rolha ou outro produto que depois leva para casa como recordação”, explica Vítor Guerreiro. “Sente, mexe, manuseia a cortiça. É uma ideia que queremos por em prática muito em breve num espaço definitivo numa fábrica que queremos transformar num museu”, prossegue.

Convicto de que esta é uma rota com futuro e com muito potencial ainda não explorado, Vítor Guerreiro admite que essa dinâmica poderia ser alcançada mais rapidamente com um orçamento maior. “De facto, não conseguimos fazer mais porque estamos um pouco limitados em termos de (…)

In JA Magazine Nº 2779 de 1 de Julho

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