RTP “tem excesso de recursos humanos”

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O emagrecimento de quadros na actual estrutura da RTP vai continuar. “Os recursos humanos da empresa vão ter de diminuir, mas sem que isso tenha impacto na capacidade de executar o plano para o futuro da RTP”, defendeu hoje o Ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional, Miguel Poiares Maduro.

Durante uma audição na Comissão de Ética para discutir o novo contrato de concessão da RTP, Poiares Maduro reiterou a ideia de que “a RTP tem excesso de recursos humanos” para a sua operação. “Vai haver uma actuação nessa área. Os recursos humanos da RTP representam um custo superior aos custos de grelha. Isso é quase único e não me parece aceitável”, explicou o Ministro.

Sem avançar pormenores sobre os objectivos de cortes de pessoal ou sobre a forma como esse processo de despedimento será consumado, Poiares Maduro garantiu apenas que a RTP terá o financiamento necessário para esse processo.

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Recorde-se que a administração da RTP abriu este ano um novo processo de rescisões amigáveis na empresa, ao qual aderiram cerca de 180 pessoas.

Novo Conselho Geral da RTP vai avaliar plano da atual administração

A ctual administração da RTP, liderada por Alberto da Ponte, vai ter de apresentar um novo plano estratégico à entidade independente que o Governo vai criar para monitorizar o cumprimento do contrato de concessão de serviço público e que terá também como incumbência a futura nomeação das próximas administrações da empresa.

A informação foi divulgada por Poiares Maduro, que acrescentou que será criado “um Conselho Geral independente a quem serão entregues poderes de supervisão e controlo do contrato de concessão”.

Este órgão “será também responsável pela escolha da administração da RTP”, prosseguiu o ministro, garantindo que “esta administração vai cumprir contrato” (que termina em 2015), mas que “terá de apresentar uma plano estratégico” a este futuro Conselho Geral da RTP.

Sobre a constituição deste Conselho Geral, Poiares Maduro explicou que o “objectivo é ter um órgão independente e não representativo de interesses ou partidos” e que a ideia é que seja composto “por cinco a sete membros”. Os contornos concretos das regras de nomeação e do âmbito de acção deste novo órgão serão apresentados em novembro, durante a discussão da proposta de alteração de estatutos da RTP.

“Temos de encontrar regras que conduzam a um resultado de independência. Os primeiros nomes terão de ser genuinamente independentes. Será difícil alterar no futuro a noção de independência deste Conselho Geral se os primeiros membros forem reconhecidos por todos como independentes”, explicou.

“O objectivo deste modelo é e eliminar o risco de governamentalização da empresa. Mesmo que este risco não seja real, a simples percepção de que existe afecta a credibilidade do serviço público. A simples ideia de que a administração pode ser vista como instrumento politico provoca problemas na capacidade de gestão da empresa”, concluiu.

Adriano Nobre (Rede Expresso)

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