Rui Rio defende medidas específicas de apoio à economia do Algarve

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O presidente do PSD defendeu hoje medidas especificas de apoio à economia do Algarve, alegando que a região “devido à sua dependência do turismo”, não pode ser tratada como Porto ou Lisboa.

“O Algarve não pode ser tratado da mesma maneira, porque a dependência que as áreas metropolitanas do Porto e de Lisboa têm do turismo, é grande, mas não na proporção que é no Algarve”, disse aos jornalistas Rui Rio, em Albufeira.

O líder dos social-democratas que iniciou hoje uma visita de dois dias ao Algarve, afirmou que o Governo tem obrigação de olhar para a região de forma diferente dada a sua especificidade, ao depender do turismo, setor de atividade económica mais afetado pela pandemia da covid-19.

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“O que entendo do que tenho ouvido, é que para lá das medidas transversais que têm de existir para a economia portuguesa, aqui [Algarve] há uma especificidade e o Governo tem obrigação de olhar para essa especificidade”, sublinhou.

Rui Rio referiu que a sua deslocação à região tem por objetivo “ouvir a realidade no local, porque uma coisa é estar fora de onde os problemas existem e outra é perceber e sentir os problemas no terreno”.

Para o líder social-democrata, Portugal estando a sofrer com a quebra do turismo, setor importantíssimo para a balança de pagamentos nacional, “há que encontrar, e o Governo em primeiro lugar, medidas adequadas às circunstâncias da região”.

Segundo Rui Rio, poderá fazer sentido medidas de apoio às empresas, por via do lay-off, mais concentradas para os meses de agosto e de setembro, mas destaca que no Algarve, esses meses até são os menos maus”.

“Aquilo que se prevê devido à sazonalidade, estimo eu, em outubro, novembro e a partir dai, é que se as empresas não faturaram de uma forma minimamente equilibrada no verão, como é que vão suportar depois os meses seguintes”, questionou.

Para o líder social-democrata, anteveem-se, nos meses fora da designada época alta, “problemas sociais gravíssimos”, defendendo a implementação de medidas “não para os resolver, mas para os atenuar”.

“Não podemos pedir milagres porque se a economia não produz os problemas existem, mas nós devemos atenuá-los. Um apoio tendo em vista esta circunstância, porque só em abril as coisas poderão atenuar, é uma especificidade que existe aqui”, indicou.

Na opinião de Rio, se a situação da saúde e da economia devido à pandemia da covid-19 melhorar “dentro do mal que isto tudo é, talvez a partir do período da Páscoa recomece, não a normalidade, mas o caminho para a normalidade”. 

Rui Rio especificou que a sua deslocação de dois dias ao Algarve pretende ouvir os empresários e as entidades da região, de forma a que possa apresentar medidas para atenuar os problemas de uma das maiores regiões turísticas do país.

“Decidi vir ao Algarve para ouvir e poder formalizar, na minha modesta opinião, as medidas que possam ser as mais impactantes para aquilo que se pretende na região”, concluiu.

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