Rússia mostra preocupação com “escalada das ações militares” na Ucrânia

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O porta-voz do Kremlin, Dimitri Peskov, expressou este domingo a preocupação da Rússia com a “escalada das ações militares” nas regiões leste da Ucrânia, o que complica a procura de uma solução pacífica do conflito.

A manifestação de preocupação surge numa altura em que as forças militares ucranianas intensificaram as operações contra os militantes pró-russos. Este domingo as tropas da Ucrânia dizem ter recuperado quase todo o território que rodeia o aeroporto de Donetsk e que tinha passado para as mãos dos separatistas.

“Conseguimos praticamente limpar o território do aeroporto, que pertence ao território das forças ucranianas, como ficou marcado pelas linhas de separação militar”, disse Andriy Lysenko, um porta-voz militar ucraniano, citado pela Reuters.

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Paralelamente à escalada da violência, também se juntaram milhares de pessoas numa manifestação pacífica, em solidariedade pela morte de 12 civis num autocarro, que foi atingido por rocket na passada terça-feira.

Nessa manifestação, o presidente ucraniano Petro Poroshenko prestou tributo aos que têm “demonstrado coragem, patriotismo, heroísmo” na defesa do aeroporto de Donetsk contra os separatistas, considerando-os “um modelo de como o nosso país deve ser defendido”.

Putin e Poroshenko

Por outro lado, o porta-voz do Kremlin acrescentou que nos últimos dias a Rússia encetou novas iniciativas para uma mediação entre as autoridades de Kiev e os líderes das autoproclamadas repúblicas de Donetsk e Lugansk.

“Em particular, na noite de quinta para sexta-feira [últimas], o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, enviou uma carta ao Presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, na qual propõe às duas partes do conflito um plano concreto para retirar a artilharia pesada”, disse o porta-voz.

Segundo Peskov, o Presidente ucraniano recebeu a missiva na passada sexta-feira de manhã. “Lamentavelmente, a parte ucraniana não só recusou o plano sugerido e adiantou as suas próprias propostas, como iniciou novamente as ações militares”, disse o responsável russo.

A Organização Mundial de Saúde diz que mais de 4.800 pessoas já foram mortas no conflito na Ucrânia.

RE

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