S. Brás: PSD critica aumento de cargos remunerados na Câmara e Junta

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A Comissão Politica do PSD de São Brás de Alportel criticou esta semana o facto do executivo municipal (PS) ser constituído, neste mandato, por quatro membros a tempo inteiro, uma situação inédita no concelho.

“Temos mais um vereador a tempo inteiro, David Gonçalves (ex-presidente da junta de freguesia), com os custos inerentes a essa posição, cerca de 40.000 euros anuais (ordenado mais despesas de representação)”, referem os sociais democratas em comunicado.

O PSD recorda o terceiro mandato de António Eusébio, no qual o PS também elegeu quatro elementos e decidiu, “de forma correta”, considerar que um dos vereadores ficaria em regime de não permanência.

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O PSD não vê justificação para esta nomeação, já que “os pelouros atribuídos ao novo vereador já são, na sua maioria, da responsabilidade do vereador Acácio Martins, havendo uma dupla responsabilização de pelouros”, e considera que aquele valor “podia ser aplicado em investimento e na redução do IRS e do IMI”.

As criticas dos sociais democratas vão também para a junta de freguesia: “Foi nomeado um vogal com uma remuneração anual de cerca de 12.000 euros, algo também inédito e contestável, uma vez que, não sendo justificável face às poucas competências atribuídas à Junta, vai retirar-se um montante que poderia ir para investimentos”, defendem.

“Será que se justificam estas duas nomeações e os custos que elas acarretam para o erário público? Será que ambos os executivos atestam desta forma a sua incapacidade nomeando ‘suplementos’ que outros presidentes nunca necessitaram? Ou serão estas nomeações apenas, e simplesmente, o pagamento de favores políticos pelos resultados do PS em São Brás de Alportel?”, questiona o PSD.

Vítor Guerreiro nega favores políticos

O presidente da Câmara de São Brás, o socialista Vítor Guerreiro, nega qualquer tipo de favorecimento político e justifica a medida com a transferência de competências do Estado para as autarquias e a, consequente, necessidade de reforço da equipa. Garante ainda que não há duplicação de pelouros, já que estes foram distribuídos pelos quatro vereadores e foram ainda criadas novas áreas de intervenção.

Vítor Guerreiro acusa ainda o PSD de “irresponsabilidade” e de fazer “política baixa” e estranha que estas acusações surjam agora, ou seja, cerca de três meses depois das eleições e das tomadas de posse.

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