Santos Pereira defende que dívida deve ser reescalonada para 40 ou 50 anos

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O ex-ministro da Economia, na conferência “Portugal em Exame” diz ser preferível o reescalonamento ao perdão de dívida. A solução é igual à dos anos 1980 na América Latina.

“É fundamental que nenhum país renegoceie a sua dívida isoladamente, porque teria consequências draconianas”, acredita Álvaro Santos Pereira. Durante a sua intervenção na conferência “Portugal em Exame”, hoje, em Lisboa, o ex-ministro diz que “terá de ser solução europeia” e que a solução terá de ser semelhante ao que aconteceu na América Latina nos anos 1980.

Ou seja, não haver perdão de dívida, “pagar cada cêntimo”, mas haver um “reescalonamento da dívida a 40 anos ou 50 anos”.

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E não foi só na América Latina que houve um reescalonamento da dívida, também nos anos 50 do século passado isso aconteceu na República Federal Alemã, que saiu da II Guerra Mundial muito endividada, apontou o professor e ex-ministro.

Na altura, “a Europa e os Estados Unidos não viraram as costas à Alemanha. Importante que agora a Alemanha também não vire as costas aos países europeus mais endividados”.

“A Europa não vai ter crescimento sustentado e duradouro sem resolver o problema da dívida”, afirmou ainda Álvaro Santos Pereira.

Apelidando a dívida de “elefante na sala na Europa, de que ninguém fala”, o ex-ministro da Economia frisa que é preciso uma solução europeia para este problema, que “não se vai resolver só com austeridade”.

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