A Câmara Municipal de São Brás de Alportel já mostrou a sua indignação pelo facto do concelho ter sido o único excluído da lista dos municípios do Algarve que podem beneficiar da intervenção dos Contratos Locais de Desenvolvimento Social – 4G.
O Programa de Contratos Locais de Desenvolvimento Social destina-se a apoiar financeiramente, mediante candidatura, projetos de inclusão que visem melhorar os níveis de coesão social dos territórios visados.
“São Brás de Alportel foi o único concelho excluído desta possibilidade de acesso a apoios financeiros, promotores de desenvolvimento e coesão social, uma situação que a autarquia considera altamente lesiva para a população”, considera a edilidade.
O presidente da Câmara, Vítor Guerreiro, desenvolveu diligências junto do ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, para a retificação do despacho, encontrando-se neste momento a aguardar resposta do Governo a este apelo.
O edil são-brasense solicitou também a colaboração e empenho das entidades regionais na resolução deste problema, sublinhando ainda a sua “determinação em defender os interesses de São Brás de Alportel e exigir ao Governo a reposição desta possibilidade de apoio, fundamental ao desenvolvimento do concelho e da sua população.”
“Sendo o envelhecimento demográfico um dos critérios de fragilidade, a par do desemprego, muito surpreende a autarquia são-brasense, esta exclusão quando o concelho apresenta um índice de envelhecimento demográfico (157,5) superior a média do Algarve (142,3) e do país (155,4)”, recorda a autarquia.
A Câmara de São Brás recorda ainda que o concelho tem “uma única freguesia, que 2/3 do território são compostos por área florestal, na Serra do Caldeirão, o que se traduz numa grave ameaça de envelhecimento e desertificação humana, que impõe um enorme desafio e o necessário investimento em estratégias que visem contrariar a desertificação e incentivar à dinamização social e económica destas zonas, entendendo que este apoio poderia ser uma excelente oportunidade para tal”.