Controlar os consumos efetuados em cada habitação e detetar eventuais falhas no abastecimento à população é a finalidade de um projeto-piloto que vai arrancar nas zonas serranas de São Brás de Alportel. O objetivo é atingir uma maior poupança de água numa região cada vez mais fustigada pela seca
“A água é um recurso valioso”, que o Município de São Brás de Alportel procura “valorizar”. Com este objetivo, está a ser implementado, desde o passado mês de outubro, o Plano Municipal de Poupança de Água.
Neste âmbito, a autarquia prepara o arranque de “um novo projeto que visa o controlo e monitorização de consumos de na zona serrana do concelho”, onde o abastecimento e efetuado diretamente pela autarquia, dado não ser ainda possível integrar esta área no sistema multimunicipal de abastecimento de água.
O projeto, em primeira fase piloto, vai incidir sobre a área mais a norte do concelho, que engloba os sítios de Cerro da Ursa, Monte Capitães, Lages e Cabanas, Fronteira e Alfarrobeira, com aproximadamente 20 edificações, onde “vão ser colocados equipamentos de controlo e monitorização dos consumos de água”.
Esta zona, que sofre cada vez mais os efeitos da escassez de água motivada pelas secas intensas dos últimos anos – uma das consequências das alterações climatéricas – constituirá, assim, o início desse projeto que pretende ser alargado a toda a área serrana.
“É fundamental controlar metrologicamente os consumos efetuados em cada edificação para gerir a água disponível e detetar eventuais falhas no abastecimento à população, razão pela qual o município procedeu à aquisição de contadores, investimento que pretende assegurar o direito de acesso à distribuição de água a todos os cidadãos de uma forma equitativa e equilibrada”, frisa a Câmara de São Brás de Alportel.
Ainda de acordo com a autarquia, “após a execução de todas as fases, monitorizado o consumo em toda a zona serrana, poderá a câmara municipal criar alguns procedimentos com vista à poupança de água e à sua distribuição e consumo de forma mais equitativa”.
JA