Sarkozy acusado de corrupção

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Depois de ter sido hoje confrontado com o mordomo da família mais rica de França, que disse tê-lo visto várias vezes em casa dos Bettencourt, o ex-presidente francês foi constituido arguido no escândalo com o mesmo nome.

A acareação entre o ex-presidente francês e o mordomo começou ao fim da manhã e durou várias horas.
O mordomo saiu do tribunal de Bordéus, onde decorreu a instrução do processo, às 20h30 locais (uma hora a menos em Lisboa), mas Nicolas Sarkozy continuou a ser interrogado pelo juiz.

Saiu jà muito depois das 22h locais, depois de ter sido constituido arguido no processo, acusado de financiamento ilegal da sua campanha eleitoral de 2007.

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Foi a segunda vez que Nicolas Sarkozy teve de responder longamente sobre as suspeitas de ter beneficiado ilegalmente do financiamento de Liliane Bettencourt, herdeira do império L’Oréal. Desta vez, o juiz não acreditou nele – e acusou-o formalmente.

O mordomo disse ao juiz ter recebido Nicolas Sarkozy “diversas vezes”, na casa da milionária de Janeiro de 2007 até às eleições desse ano, que ele viria a ganhar, em maio.

No anterior interrogatório, há alguns meses, o ex-presidente garantiu ter ido visitar “uma vez” Liliane Bettencourt, acrescentando: “Os Bettencourt nunca me deram um centavo e eu também nunca lhes pedi para darem”.

Além do mordomo, outros empregados da casa da família Bettencourt garantem ter lá visto o ex-presidente, designadamente uma contabilista que chegou a dizer que ele recebeu “um envelope com dinheiro”.

Sarkozy apresenta recurso

Depois da acareação com o mordomo, Nicolas Sarkozy foi confrontado também esta tarde com mais pelo menos três empregados de Liliane Bettencourt.

Este escândalo, que já fez correr muita tinta em França, envolve diversas personalidades da política, ligados à direita francesa, e dos negócios. Alguns deles também já foram constituídos arguidos.

Dirigentes da direita francesa criticaram a decisão do juiz de instrução de Bordéus sobre Nicolas Sarkozy, denunciando “uma justiça parcial”. O advogado do ex-presidente anunciou ir apresentar recurso, pedindo a nulidade da instrução.

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