Saúl Rosa candidata-se à Câmara de VRSA pelo PAN

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O Pessoas-Animais-Natureza (PAN) apresenta-se a votos pela primeira vez em Vila Real de Santo António com Saúl Rosa como cabeça de lista nas eleições autárquicas deste ano, anunciou o partido.

O instrumentista de orquestra e ativista ambiental Saúl Rosa, de 31 anos, é candidato à Câmara Municipal de Vila Real de Santo António pelo PAN, que também vai apresentar candidatos à Assembleia Municipal e Juntas de Freguesia.

“Esta é uma candidatura histórica. É a primeira vez que o PAN se apresenta a votos em Vila Real de Santo António e fazemo-lo com vontade de trabalhar de forma íntegra e envolvendo os vilarrealenses, os montegordinos e os cacelenses nos processos de decisão”, refere o candidato em comunicado.

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Segundo Saúl Rosa, “a população está cada vez mais desconfiada e desiludida com o poder autárquico local e o projeto político dos últimos anos no concelho falhou em todos os aspetos”.

“O PAN pretende colocar um ponto final neste capítulo infeliz na histórica cidade pombalina e, sem a dicotomia divisória de esquerda e direita, fazer avançar as causas que movem o partido e que nos unem: sociais, ambientais e de proteção animal”, acrescenta.

Para a administração municipal, o PAN acredita na transparência como uma característica fundamental, “principalmente em matéria de prestação de contas”.

Como medidas, o PAN propõe que seja realizada uma auditoria independente às contas do município nos últimos anos, para “perceber o estado atual da gestão do poder local e possibilitar soluções adequadas para mitigar as consequências socioeconómicas no presente, erradicando-as no futuro”.

Já na área da habitação, pretende facilitar “o acesso a casas condignas pelos cidadãos e cidadãs: “Os anteriores executivos não têm apresentado soluções para este problema e enquanto isso a população recebe ultimatos para escolher entre a compra forçada dos imóveis ou o desalojamento pelas empresas que os detêm”.

Saúl Rosa pretende ainda erradicar com o arrendamento precário e “apostar num reforço do investimento na reabilitação e criação de habitação pública para arrendamento acessível, através da mobilização de património ao cuidado do Estado ou do município”.

Segundo o PAN, a cultura do concelho deverá ser valorizada, “através da criação de novos projetos cooperativos em parceria com instituições de ensino reconhecidas e outras entidades capazes de promover esta aprendizagem”.

“Desta forma, pretendemos disponibilizar a cidadãos e cidadãs, associações e mecenas, ferramentas que permitam que novas formas de cultura e arte de proximidade com a comunidade floresçam preservando a herança cultural existente”, acrescenta.

Já na área da proteção e bem-estar animal, Saúl Rosa considera que o concelho deve ter um centro de recolha oficial de animais “devidamente legalizado”, para “dar resposta ao crescimento exponencial do número de animais abandonados na cidade”.

Outra das ambições do partido, nesta área, é a implementação de um hospital veterinário municipal solidário, que possa garantir cuidados médico-veterinários a todos os animais, “principalmente aos pertencentes a famílias em situação de vulnerabilidade socioeconómica, a animais de abrigos e associações zoófilas e a animais errantes, cuja responsabilidade sobre a sua saúde e bem-estar pertence ao município”.

Em relação à Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António e o Parque Natural da Ria Formosa, o PAN acredita que “em conjunto devemos fazer todos os esforços para garantir a preservação destes ecossistemas e, como tal, defendemos estudos de impacte ambiental para as intervenções nestas zonas, como a tão falada reposição do cordão dunar e o desassoreamento da barra e dos canais de navegação, medidas que poderão ser necessárias em Cacela Velha”.

Na mesma área ambiental, o PAN quer pôr fim às podas, consideradas pelo partido como “radicais” e que “têm transformado árvores em postes”.

“As árvores são fontes de vida, de biodiversidade, de oxigénio, retêm CO2, reduzem a poluição atmosférica, oferecem-nos sombra, contribuem para diminuir a temperatura ambiente, entre tantos outros benefícios. Não faz sentido este tipo de ações contra o património arbóreo, umas das riquezas das gentes de Vila Real de Santo António”, conclui.

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