Seca extrema já está a obrigar o Barlavento a usar reserva estratégica de água

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Desde o passado dia 7 de janeiro, toda a água superficial de consumo que corre nas torneiras do barlavento algarvio vem da barragem do Funcho, considerada uma reserva estratégica, que até aqui estava desativada, revelou ao JORNAL DO ALGARVE a porta-voz da empresa Águas do Algarve, Teresa Fernandes.
Essa mudança, uma estreia histórica desde a entrada em funcionamento do sistema de captações superficiais, em meados da década de 90, já fora pré-anunciada, a 20 de novembro passado, pelo ministro do Ambiente, Matos Fernandes, na condição de não chover abundantemente entretanto.
A decisão ministerial vem aliviar a barragem de Odelouca, habitualmente a única albufeira algarvia que serve o oeste da região.
De acordo com a mesma responsável da Águas do Algarve, mantêm-se as captações de águas subterrâneas a partir do aquífero Querença/Silves, o maior da região e cujas extrações têm que ser controladas ao pormenor, pois a captação excessiva pode levar à contaminação salina do recurso.
Até terça-feira da passada semana, equipas da Águas do Algarve limparam as condutas que trazem a água do Funcho, situada cerca de 20 quilómetros a nordeste da cidade de Silves, para a Estação de Tratamento de Águas (ETA) de Alcantarilha, uma distância em linha reta de cerca de 18 quilómetros.
A barragem do Funcho tem uma capacidade de armazenamento 47,72 milhões de metros cúbicos, muito inferior a Odelouca (102 milhões) mas encontrava-se a 79% da sua capacidade total (37,72 milhões de metros cúbicos na medição de dezembro, de acordo com o Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos (SNIRH).

João Prudêncio

(Pode ler a notícia completa na edição em papel de quinta-feira, 16/01/2020)

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