Seguradoras acionam protocolo e pagam danos sem apurar responsabilidades

ouvir notícia

A Associação Portuguesa de Seguradores (APS) acionou hoje o protocolo que prevê o pagamento dos danos registados na sequência do acidente ocorrido na segunda feira na A25, abdicando do apuramento de responsabilidades.

A APS avança em comunicado que, ao abrigo do Protocolo de Regularização de Choques em Cadeia, hoje acionado, “as seguradoras abdicam de todo o processo de apuramento de responsabilidades, ultrapassando um exercício que é especialmente complexo em circunstâncias como as envolveram este acidente e acelerando significativamente o ressarcimento das vítimas”.

Tendo em vista a aceleração do processo, avança a APS, cada seguradora regularizará os danos relativos aos veículos que ela própria segura e respetivos ocupantes, incluindo o condutor, pelo que “é junto da companhia em que o seu veículo, ou o veículo em que circulavam, estava seguro que os lesados devem reclamar a reparação dos danos sofridos”.

- Publicidade -

Esta situação é válida também para as vítimas de danos corporais.

Só “depois de pagas as indemnizações aos lesados, as seguradoras repartirão entre si os custos globais deste sinistro em função de critérios específicos, entre os quais o número de veículos envolvidos e seguros em cada uma”, explica a APS.

O Protocolo de Regularização de Choques em Cadeia, a que voluntariamente se vincularam praticamente todas as seguradoras que atuam no ramo automóvel em Portugal, foi formalmente criado em 2002.

O documento “institui procedimentos simplificados na regularização de acidentes que envolvam 25 ou mais veículos e em que, com razoável grau de certeza, não seja possível determinar o responsável pelo acidente”.

Na origem da criação deste protocolo, segundo a APS, está a “experiência adquirida na gestão de um enorme acidente ocorrido no ano 2000”, na A1, que envolveu 223 veículos.

O protocolo já foi acionado quatro vezes – dezembro de 2003, janeiro de 2004, outubro e novembro de 2005 -, embora as regras que estiveram na sua origem já tenham sido aplicadas no acidente ocorrido em 2000, na A1.

Neste sinistro, que envolveu 223 veículos, foram pagas indemnizações no valor de dois milhões de euros.

Em 2003, no acidente registado também na A1 em dezembro, que envolveu 33 veículos, as indemnizações pagas totalizaram 136 mil euros, enquanto no acidente registado na A23 em janeiro de 2004, que envolveu 71 veículos, ascenderam a 370 mil euros.

Nos acidentes registados em 2005, ambos na A1, e que envolveram, no total, 95 veículos, as indemnizações pagas totalizaram 792 mil euros.

Na segunda feira, na A25, ocorreram dois acidentes graves junto ao nó de Talhadas, em Sever do Vouga, um em cada sentido, envolvendo mais de meia centena de veículos e provocando cinco mortos e 72 feridos.

- Publicidade -
spot_imgspot_img

Deixe um comentário

+Notícias

Exclusivos

Deixe um comentário

Por favor digite o seu comentário!
Por favor, digite o seu nome

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.