Seis perguntas ainda sem resposta sobre o avião desaparecido

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As buscas têm sido conduzidas numa área a 2500 quilómetros a sudoeste de Perth, na Austrália

Onde está o avião?

O primeiro-ministro da Malásia, Najib Razak, anunciou ontem que o Boeing 777-200 desaparecido desde 8 de março, quando realizava o voo MH370 da Malaysian Airlines, caiu no Oceano Índico. O governo malaio chegou a esta conclusão depois de analisar os sinais recolhidos pelos satélites da Agência de Investigação de Acidentes Aéreos do Reino Unido. A última localização foi registada 2500 quilómetros a sudoeste de Perth, Austrália. Ainda não está clara a localização exata da queda no mar. As correntes podem ter arrastado vários quilómetros os destroços já detetados.

Que provas têm as autoridades?

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Imagens de satélite de França; aviões chineses e australianos também identificaram no último domingo objetos “suspeitos” à deriva no corredor de buscas sul (entre a Indonésia e o Oceano Índico). “É como procurar uma agulha numa fábrica de agulhas. São destroços entre biliões a boiar no oceano”, disse um ambientalista à CNN.

Porque é que a Malásia reteve informações que já apontavam para a queda do aparelho no Índico?

O “The New York Times” revela que a empresa britânica Inmarsat enviou para a Malásia a 12 de março, quatro dias após o desaparecimento do avião, informações com dois corredores geográficos divergentes para a localização do avião, em virtude da mudança de rota e do registo de voo durante várias horas. Mas as mesmas só foram reveladas a 15 de março, dificultando o início das operações de buscas.
Segundo o conceituado jornal norte-americano, os radares militares da Malásia intercetaram várias irregularidades na trajetória do aparelho, mas estes dados só foram divulgados à China e aos EUA, países envolvidos nas operações de busca, uma semana depois.

Porque razão se terão desligado o Transponder e o ACRAS?

Segundo o primeiro-ministro da Malásia, os sistemas de comunicação e os dois mecanismos de identificação e transmissão foram silenciados intencionalmente por alguém que sabia pilotar o Boeing 777. Najib Razak revelou que já está em curso uma investigação criminal.

Sequestro por piratas do ar ou suicídio do piloto?

A polícia da Malásia realizou buscas nas casas do piloto Zaharie Ahmad Shah, de 53 anos e mais de 30 de experiência de voo, e do copiloto Fariq Ab Hamid, de 27 anos. Um simulador de voo encontrado na residência de Shah, criado pelo próprio, é alvo de peritagem na qual está envolvido o FBI. Nada de suspeito terá sido encontrado, pelo menos até ao momento, segundo o jornal “Malaysian News”. As autoridades tentam agora escrutinar as histórias de vida e o perfil psicológico de cada passageiro e tripulantes em busca de pistas.

Poderá o avião ter caído por problemas de ordem técnica?

Muito embora a companhia aérea Malaysian Airlines garanta que uma revisão feita ao avião, dez dias antes, não revelou quaisquer anomalias, os problemas técnicos não são descartados. Um piloto canadiano garante que um incêndio no sistema elétrico, por exemplo, poderia justificar a mudança de rota e as falhas nas comunicações. Outra hipótese que tem sido levantada aponta para uma repentina despressurização que deixaria toda a gente a bordo inconsciente, tendo o avião continuado a voar através do piloto automático. Se tal acontecesse, quem estava a bordo não poderia comunicar com os controlos terrestres.

RE

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