O avião das Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), desaparecido desde sexta-feira, despenhou-se e matou 33 pessoas a bordo, segundo as autoridades da Namíbia, entre as quais sete portugueses, dois com dupla nacionalidade.
Entretanto, o governo moçambicano já anunciou que serão abertas duas comissões de inquérito para apurar as causas do acidente aéreo: uma nacional, que incluirá elementos da companhia aérea e do Ministério dos Transportes e Comunicação, e outra internacional, que ficará a cargo das autoridades da Namíbia.
Segundo a Reuters, as buscas pelos destroços do aparelho decorreram no parque nacional de Bwabwata, tendo-se encontrado um aparelho reduzido a cinzas.
“O avião ficou completamente queimado e não há sobreviventes”, declarou o vice-comissário da polícia da Namíbia, Willy Bampton, citado pela agência.
Fonte da polícia da Namíbia já tinha dito à AFP que foi visto fumo numa zona junto da fronteira com o Botsuana, que ajudou a localizar os destroços. Além disso, os habitantes locais garantem ter ouvido explosões.
Também o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário, já tinha confirmado a notícia. “Foi encontrado o avião sinistrado no Parque Nacional de Bwabwata no norte na Namíbia”, disse José Cesário à agência Lusa.
Entre os 27 passageiros do voo TM 470 encontravam-se também dez moçambicanos, nove angolanos, um francês, um brasileiro e um chinês, segundo a companhia aérea.
Um dos portugueses era um empresário da construção civil, residente na região centro, com negócios em Angola e Moçambique, disse à agência Lusa um amigo.
O avião da LAM partiu do Aeroporto Internacional de Maputo às 11h26 de sexta-feira e devia ter aterrado em Luanda às 14h10 (13h10 em Lisboa).
Liliana Coelho (Rede Expresso)