Será esta imagem um mau exemplo para as crianças?

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O post publicado por Nelson Felippe na sua página do Facebook

Ao olhar para a imagem também vê nela um mau exemplo para as crianças? Um desafio para as convenções sociais? Até uma provocação ter de presenciar uma situação semelhante? Nelson Felippe, o autor da fotografia, viu e não gostou. Foi por essa razão que o jovem, que trabalha na Google no Brasil, decidiu colocá-la no Facebook, acompanhada de um texto que abriu a polémica. Pela razão errada, porém. A sua publicação teve mais de 12 mil “gostos” e 4000 partilhas, mas induziu muitas pessoas em erro.

Nelson Felippe estava à espera do metro, no Rio de Janeiro, quando se deparou com a situação que a imagem mostra. A fotografia tem no primeiro plano duas jovens abraçadas, num gesto carinhoso. Depois, e olhando com um pouco mais de atenção, veem-se mais pessoas à espera do metro e ainda outros indivíduos a circularem no local. Abaixo desta fotografia lê-se o início do texto do jovem: “Não sou preconceituoso, acho que cada um faz o que quer da sua vida. Mas acho um absurdo eu ser obrigado a presenciar uma cena como essa”.

“O que cada um faz em particular é problema seu, mas o que se faz em público diz-me respeito sim. E eu recuso-me a ver uma cena como essa e considerar algo normal”, continua Nelson.

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Diz ainda que não deseja “o mal de ninguém”, mas que as pessoas deviam “preservar-se”. “Se depois acontece uma tragédia ou pior, se alguém morre, vão culpar quem? Eu?”, questiona Nelson, logo a seguir.

Para Nelson, porém, o pior “de tudo” é o exemplo para as crianças. E só a partir daqui se começa a perceber o equívoco.

“As crianças vão achar que é normal esperar o metro em cima da faixa amarela. Então, não faça como aquele cara ali. Siga o exemplo das meninas.” Que é como quem diz, “espere o metro ANTES da faixa amarela e cruze-a depois do metro parar e abrir as portas”, conclui o post no Facebook, clarificando a sua verdadeira indignação.

Nelson explica o que está errado naquela imagem e só no final do texto a maioria das pessoas será levada a reparar na situação a que este se refere. Mas muitas não o leram até ao fim. Pensaram que se tratava de um desabafo homofóbico e houve quem não hesitasse em achar o texto “ridículo”.

Os que leram até ao final, congratularam Nelson pela “bela forma” de mostrar que o preconceito está na cabeça de cada um.

RE

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