Sérvia e Bósnia pedem ajuda internacional no combate às cheias

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Militares sérvios ajudam a evacuar em veículos anfíbios residentes em Obrenovac, localidade onde se situa a principal central nuclear do país

O perigo continua, mesmo que as águas tenham começado a recuar. Daí que a Sérvia e a Bósnia tenham pedido auxílio internacional para resgatar pessoas isoladas em zonas alagadas, na sequência das maiores inundações na zona dos Balcãs dos últimos 120 anos, desde que existem registos.

Dezenas de milhares de pessoas abandonaram as suas casas nesta zona particularmente delicada, que tenta fazer frente a perigos de várias naturezas, desde desmoronamento de terras (já ocorreram mais de três mil nestes dias, em toda a região dos Balcãs) a minas por explodir que ficaram no terreno desde a guerra da Bósnia.

Desde segunda-feira que a principal central nuclear da Sérvia está em risco de ser inundada, fazendo temer por cortes de energia na região em crise. O ministro responsável pelos refugiados da Bósnia, Adil Osmanovic, descreve a situação como “catastrófica”. Cidades como Orasje, no norte da Bósnia, enfrentam ameaças multiplicadas por se situarem entre dois rios, no caso, entre os rios Sava e Bosna.

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Pelo menos 17 pessoas morreram na Sérvia, e outras tantas na Bósnia, nestes cinco dias de chuva consecutiva sem precedentes na região, em que caiu uma quantidade de água equivalente a três meses de chuva intensa, segundo a Associated Press (AP).

A situação da central nuclear é ainda crítica

Teme-se que o número de mortos aumente quando as águas desceram e deixarem à vista a verdadeira dimensão dos estragos. As cidades e as aldeias estão cobertas de detritos arrastados pelas águas e Obrenovac, a sede da central nuclear, que fornece energia a metade da Sérvia e à maior parte da Bósnia, é a mais afetada pelas cheias.

Mais de sete mil pessoas tiveram de ser evacuadas de emergência porque as suas casas ficaram completamente submersas pelas águas. A AP refere supor-se que cerca de duas mil pessoas se encontrarão presas nos andares superiores das casas, sem eletricidade nem acesso a telefones.

Um porta-voz da proteção civil disse à AP que a situação em torno da central nuclear é ainda crítica. Milhares de soldados, bombeiros e voluntários montaram uma barreira alta de sacos de areia em seu redor.

RE

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