A empresa municipal SGU (Sociedade de Gestão Urbana), de Vila Real de Santo António, e os ex-acionistas da Cidademar acabam de chegar a acordo para um procedimento que acautela a conclusão do negócio celebrado em 2008, tendo os subscritores, ex-acionistas da Cidademar desistido do processo judicial, com a respectiva anulação dos arrestos decretados.
Recorde-se que o Tribunal de Vila Real de Santo António tinha decretado na última terça-feira o arresto dos imóveis e dos créditos da SGU, na sequência de uma providencia cautelar interposta no âmbito do processo de compra da antiga empresa Cidademar por parte da SGU. O único ativo da Cidademar era um terreno situado na cidade de VRSA e o valor da aquisição foi determinado em 2.160.000 euros.
O processo movido pelos ex-acionistas da Cidademar visava apurar o pagamento da última prestação em atraso por parte da SGU.
…e condenam “aproveitamento político” por parte do PS
Tanto a SGU, como a autarquia e os ex-acionistas da Cidademar já condenaram o que consideram “tentativa de aproveitamento político” por parte do Partido Socialista de Vila Real de Santo António com este caso. Os ex-acionistas da Cidademar já emitiram, inclusivamente, um comunicado a condenar a situação.
O presidente da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António, Luís Gomes, considera “lamentável que o PS de Vila Real de Santo António esteja apenas preocupado em fazer chacota política desta situação, que a prosseguir poderia provocar graves danos sociais e patrimoniais para o concelho, nomeadamente ao nível do emprego e investimento, bem como nas instituições democráticas e políticas”.
O presidente da autarquia lamenta também, que o PS de Vila Real de Santo António “se afaste cada vez mais de uma política que permite novos investimentos que possam fixar mais população no concelho e se aproxime de uma política cada vez mais destrutiva para toda a região”. E recorda que o problema “em boa verdade, levou apenas um dia a ser resolvido”.