Dirigentes, delegados e activistas sindicais concentraram-se esta semana em frente à Associação dos Industriais Hoteleiros e Similares do Algarve (AIHSA), associação patronal do sector da hotelaria sediada em Faro, para exigirem o aumentos dos salários naquele setor.
“Ao mesmo tempo que recusa o aumento dos salários, que não são aumentados desde 2009, o patronato pretende retirar direitos importantes consagrados no Contrato Colectivo de Trabalho, nomeadamente no que diz respeito a horários, folgas, férias e faltas que passariam a ser reguladas pelo Código do Trabalho, bem como a criação de um banco de horas, que iria, em muito, reduzir a retribuição dos trabalhadores”, explicam os sindicalistas.
Os sindicatos consideram que “o sector, ao contrário do que querem fazer crer, vive uma boa situação económica com crescimentos consecutivos das dormidas e proveitos ao longo dos anos de 2010, 2011, 2012 e 2013” e que “por isso, não há razão para não se melhorarem os salários”.
Para o Sindicato dos Trabalhadores da HOtelaria do Algarve, desde 2009, último ano em que se actualizaram as tabelas salariais, os trabalhadores sofreram um “brutal aumento” do custo de vida.
“Só nos últimos três anos, período do ‘Acordo de Agressão’ do PS, PSD e CDS, a inflação atingiu 7,84% e o aumento da carga fiscal sobre o trabalho, resultante da alteração dos escalões e taxas do IRS, representou uma diminuição salarial de 8,3%”, recorda aquela força sindical em comunicado enviado entretanto às redações.
O sindicato apresentou à AIHSA uma proposta para o aumento dos salários em 3% para todos os trabalhadores, com um mínimo de 30 euros, ou seja, 1 euro por dia, defendendo que “é viável, é justo e existem condições económicas no sector para que seja aceite”.
No final da acção foi aprovada uma moção de compromisso da continuação da luta, nomeadamente com acções em frente às unidades hoteleiras.
