Sindicato da Hotelaria marca jornada de luta para quarta-feira

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O Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Algarve decidiu convocar para a próxima quarta-feira uma jornada de luta “pela defesa dos direitos” e “pelo aumento imediato dos salários”.

Em fevereiro passado o sindicato acordou novas tabelas salariais com a associação patronal AIHSA, para vigorarem a partir do dia 01 de março, ficando também acordado continuar a negociação do restante clausulado do contrato colectivo de trabalho. Porém, até ao momento, a AIHSA ainda não enviou as tabelas acordadas para publicação, o que faz com que as empresas não sejam obrigadas a actualizar os salários.

“Face a esta brutal ofensiva do patronato não temos outra alternativa que não seja o caminho da luta organizada pela defesa dos nossos direitos e pelo aumento dos salários”, considera Tiago Jacinto, do Sindicato de Hotelaria do Algarve.

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“É inaceitável que a maioria dos trabalhadores não vejam aumentados os seus salários desde 2007, numa altura em que o turismo bate todos os recordes. Basta de injustiça!”, acrescenta.

A associação patronal justifica-se dizendo que dá aumentos salariais, mas em troca quer rever alguns dos direitos dos trabalhadores.

Entre as exigências estão a eliminação do subsídio de línguas para os novos contratos, o corte no pagamento dos feriados de 200% para 75%, o corte no subsídio nocturno de 50% para 25%, a eliminação dos mapas de densidades mínimas e a eliminação de categorias profissionais como a de porteiro “pondo os recepcionistas a fazer portaria”, diz Tiago Jacinto.

As exigências incluem ainda flexibilizar e desregular ainda mais os horários de trabalho introduzindo o “banco de horas”, “horário adaptado”, entre outras alterações aos horários de trabalho, a redução de 25% para 20% o acréscimo por “isenção de horário de trabalho”, aumento do limite máximo de horas extras de 180 para 200 e redução do pagamento de 100% para 50%. Pretendem ainda aumentar os períodos diários de trabalho para 10 horas, acabar com a obrigação da alimentação em espécie.

“Enfim, querem trabalhadores sem direitos a trabalhar as horas que o patrão quiser e ao mesmo tempo roubar no salário e noutras prestações”, considera Tiago Jacinto.

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