À semelhança do que sucedeu nos últimos dois anos, o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Algarve voltou a aprovar uma moção, na semana passada, a exigir “um aumento de 3% dos salários para todos os trabalhadores, com um mínimo de 30 euros, ou seja, um euro por dia”.
Segundo o sindicato, “esta proposta” – que já foi apresentada à associação patronal (AIHSA) – “é viável, é justa, é necessária e urgente e existem condições económicas no sector para que esta seja aceite”.
Os sindicalistas alertam para a “degradação brutal” das condições de vida e de trabalho dos trabalhadores do sector, numa altura em que os indicadores até apontam para bons resultados turísticos.
“O Algarve apresenta-se hoje como o principal destino turístico do país e a atividade turística na região tem tido crescimentos anuais consecutivos desde 2008, registando em 2013, em termos homólogos, um crescimento de 6% de hóspedes, de 3,5% de dormidas e de 4% dos proveitos globais”, realça o sindicato.
Além disso, o ano de 2013 foi considerado o melhor ano turístico de sempre, “resultando em mais de 600 milhões de euros de proveitos, o que quer dizer que, se compararmos estes dados com igual período do ano passado, verificamos um aumento de 15% de hóspedes, 10% de dormidas e 14% nos proveitos”.
Por outro lado, acentua o sindicato, “a maioria dos trabalhadores e das trabalhadoras do setor não vêm os salários aumentados desde 2007 e durante todos estes anos o custo de vida aumentou brutalmente”.
Face a este cenário, o sindicato da hotelaria do Algarve exige à AIHSA que respeite o direito à negociação coletiva e promete avançar com “ações de luta” até obter uma resposta positiva da associação patronal nesta matéria, com prioridade para o aumento dos salários.
JA
