Sindicato médico apela a boicote ao trabalho extraordinário

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Um dia depois da ‘frente de batalha’ aberta pelos enfermeiros, que podem estar a horas de anunciarem uma greve, são os médicos que ‘entram em guerra’ com a equipa ministerial, liderada por Adalberto Campos Fernandes. Sem resposta a um pedido para negociar os cortes na remuneração do trabalho extraordinário, o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) avisa que vai “aconselhar os seus associados a, numa fase inicial, apresentarem a sua recusa em fazerem mais de 200 horas extraordinárias/ano e a pedirem a escusa legal do trabalho em serviço de urgência”, direito consagrado aos médicos a partir dos 55 anos.

Em comunicado publicado na internet, o secretariado nacional do SIM explica as razões do protesto. “O Governo refugia-se lamentavelmente no argumento de que as reivindicações dos médicos constituiriam um perigo de “falência do Estado”, persistindo na recusa de repor a justiça no pagamento do trabalho suplementar ao mesmo tempo que permite pagar 1.200 €/dia, 36.000 €/mês e 450.000 €/ano, a médicos das empresas de prestação de serviços, acrescidos de 15%, que é o valor da comissão cobrada por essas empresas”, explica o SIM num comunicado publicado na sua página online.

O secretariado nacional acrescenta ainda que “argumenta-se com a Constituição e com as metas do défice, ao mesmo tempo que se atribui 350 milhões de euros aos donos dos restaurantes, 5.000 milhões para a banca só para a CGD”, no entanto “desperdiça-se a possibilidade de uma solução menos onerosa para o erário publico: pagar o devido aos médicos do SNS”. Para o SIM, a atual situação é “injusta”, pois “os médicos já são obrigados a fazer muito maior número de horas extraordinárias que todos os outros trabalhadores do SNS e da Administração Pública”.

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Vera Lúcia Arreigoso (Rede Expresso)

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