A União dos Sindicatos do Algarve (USAL) voltou esta semana a reivindicar a necessidade de o Governo adotar um “plano regional articulado de combate à crise e ao desemprego”.
O objetivo é que sejam tomadas “medidas urgentes” para responder à crise no Algarve, numa altura em que os números do desemprego atingem valores recorde.
“Se não forem adotadas medidas urgentes para a região, a crise irá evoluir para patamares dramáticos e o futuro dos algarvios e da região irá agravar-se”, alerta o sindicato afeto à CGTP.
Para vincar a sua posição, a União dos Sindicatos do Algarve vai mobilizar os trabalhadores para “novas formas de luta”, estando já prevista uma manifestação nacional para o dia 19 de março.
Os sindicalistas realçam que, neste momento, “milhares de famílias algarvias vivem momentos angustiantes, cerceados dos meios de subsistência”, estimando-se que “mais de 40 por cento dos desempregados não têm direito ao subsídio de desemprego”.
“Este volume de desemprego está a fazer crescer de forma acelerada a pobreza e a exclusão social na região, das quais são sinais evidentes as notícias de abertura – e do aumento vertiginoso da sua frequência – de refeitórios sociais em Albufeira, Faro, Loulé e outros concelhos, por iniciativa de autarquias e instituições sociais”, acentua a USAL, referindo que o pior ainda estará para vir.
É que o quarto trimestre de cada ano nunca é o pior momento do desemprego no Algarve, mas sim o primeiro, “o que significa que neste momento os valores do desemprego no Algarve já estarão bem acima dos 14,8 por cento”.