Sindicatos denunciam irregularidades com o exame de Português

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Secretário-geral da Fenprof diz que adesão dos professores à greve geral rondou os 90% e apela aos docentes para manterem a greve às avaliações dos alunos durante esta semana.

O secretário-geral da Fenprof afirmou ontem que a adesão à greve por parte dos professores chegou aos 93% e garantiu que em várias escolas os exames de Português do 12.º ano realizaram-se com recurso a “irregularidades”.

Em conferência de imprensa, Mário Nogueira deu vários exemplos dessas situações, que terão de ser agora averiguadas pela Inspeção-Geral da Educação. “Houve recurso a vigilantes que não professores, como terapeutas e formadores. E houve provas a serem vigiadas por docentes da própria disciplina, o que é ilegal”.

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Noutros casos, continuou o secretário-geral, houve a redistribuição de alunos por salas já depois de as provas terem começado e num dos casos juntaram-se mais de 30 no mesmo espaço.

Segundo dados oficiais do Ministério da Educação, mais de 20 mil alunos (cerca de 30% do total de inscritos) não conseguiram ontem de manhã fazer a prova nacional de Português. Todos eles poderão fazer o exame a 2 de julho, no final da 1ª fase das provas, anunciou Nuno Crato.

Satisfeito com os números da greve geral – “uma das maiores de sempre” -, com a dimensão da manifestação de docentes no sábado e também com adesão à greve às avaliações, que decorre desde a semana passada e que “inviabilizou 95%” das reuniões de conselhos de turma onde são discutidas e atribuídas as notas dos alunos, o secretário-geral da Fenprof apelou à continuação dos protestos.

“É fundamental continuar com a mesma força pois vamos estar à mesa das negociações com o Ministério”, lembrou. As greves às avaliações decorrem até dia 21 e poderão estender-se por mais uma semana. Sem estas reuniões, os estudantes vão continuar sem conhecer as suas notas de escola.

Em sede de negociação suplementar, as organizações sindicais vão continuar a reivindicar que não seja regulamentado o regime de mobilidade especial no caso dos professores e mantido o seu horário de trabalho.

Limitar a deslocação compulsiva de um professor sem serviço até um máximo de 60 quilómetros, tal como acontece na restante Função Pública, é outro dos objetivos. Na versão atual, um docente pode ser deslocado mais de 200 quilómetros.

Isabel Leiria (Rede Expresso)
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