SMS: Essa moda de estar “contra o regime”

Por dá cá aquela palha, há por aí uma rapaziada fresca que amiúde, na brincadeira mal-amanhada ou com seriedade de aldrabão sorridente, diz que está “contra o regime”, explica que isto é devido “a este regime”, que outrora seria impossível o que “este regime permite”, que etc. “enquanto houver este regime”, por aí adiante. Tanto paleio para camuflar o quer verdadeiramente essa rapaziada pensa e que tem a esperança de alguma vez querer dizer em voz alta, calando e mandando calar os outros, coisa que, devido ao regime e beneficiando do regime, não pode acontecer.

Nas redes sociais essa rapaziada anda de boca aberta como tubarão esfomeado em fundo marinho. Na imprensa online, já menos, talvez por receio de perder a clientela proveniente do “regime”. Na imprensa em papel que resiste, quase nunca porque, aí é documento e fica para posteridade ou prova de ignorância à vista, coisa que ainda envergonha. E estar ou mesmo manifestar-se “contra o regime” anda associado, umas vezes com alguma das várias ideologias do próprio regime e que o faz, outras vezes com alguma das crenças religiosas beneficiária da tolerância que o regime incrementa, e não raras as vezes também, muito longe de ideologias ou de crenças, decorre simplesmente de um desvio da natureza que consiste não propriamente em ter-se nascido a olhar para o umbigo, mas em ter os próprios olhos nesse sítio da barriga.

A estes, contra o “regime” mas sem citação da palavra, juntam-se os perversos. Os tais que para atingirem uma cota-parte do poder, são capazes de estar até contra o seu pai ou mesmo arrancar os olhos à mãe, com ou sem parcerias com os que se dizem abertamente “contra o regime”. Normalmente esta classe dos perversos, são assim por frustração, por vingança, ou, sabe-se lá!, por entendimentos debaixo da mesa. Este fenómeno é por vezes evidente nas assembleias municipais, tantas vezes transformadas em passagem de modelos do provincianismo mais reles.

E muita ou tanta gente séria a pensar que o regime tinha derrotado o provincianismo.

Flagrante surto epidémico: Como acaba de ser publicado, tudo começa já no próximo dia 14 de março, às 21h30, com um concerto de “The Vegetable Orchestra”, no Mercado da Ribeira, em Tavira. Este é um espetáculo com a particularidade de ter instrumentos musicais produzidos… com vegetais frescos. No final, os membros da orquestra vão distribuir uma sopa de vegetais frescos. Além disso, dois artistas da orquestra vão ensinar a fazer instrumentos musicais com vegetais. As empresas Eventors’Lab e Spira – Revitalização Patrimonial fizeram um consórcio e ganharam o concurso, tendo, a seu cargo, a direção artística, conteúdos e produção. Tenham juízo a bem do regime.

Carlos Albino

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