SMS: O benefício ou malefício da dúvida

Assim de surpresa, entendeu o primeiro-ministro António Costa sacramentar como secretários de Estado, três elementos eleitos da lista do PS/Algarve, e sem qualquer surpresa, choveram das barricadas partidárias, manifestações opostas. Há quem tenha visto nessa trindade apresentada por entre 50 secretários de Estado, como um reforço da imagem ou mesmo influência política do Algarve, e houve quem secundarizasse essa tripla ascensão ou num dos casos, confirmação curricular. É cedo para qualquer avaliação ou conclusão. Deixemos os secretários de Estado trabalhar nos limites da sua relativa autonomia política e nas balizas definidas pelos ministros das respetivas tutelas. Mas que foi uma surpresa, lá isso foi, e por vários motivos. Demos o benefício da dúvida, que também se pode converter em malefício.

Dos três secretários de Estado provenientes do Algarve, apenas um (José Apolinário) nada como peixe na água nas matérias que se estão confiadas – as pescas & companhia. Com longo treino nas redes do Parlamento Europeu e depois na pesca à linha da política interna, José Apolinário assegura a continuidade de José Apolinário. Já o mesmo não se pode dizer dos dois restantes secretários de Estado. Nestes é que se concentram os olhares Claro que Jamila Madeira e Jorge Botelho não entrem nesse patamar de governo para defenderem privilegiadamente o Algarve em duas matérias altamente determinantes para o voto e para a satisfação dos cidadãos – a Saúde e a Regionalização.

Se o Algarve nas questões da saúde e da regionalização, continuar como está (sem Hospital Central e com a regionalização a ter sede em Beja ou até em Évora) ou mesmo se for para pior, seria preferível não sacrificar gente da terra, nem fazê-la confrontar em demasia com promessas, ou, melhor, com sugestões de promessas eleitorais, formuladas enquanto candidatos a deputados.

Se, nessas mesmas questões, o Algarve melhorar ou até solucionar os seus problemas gritantes por alguma intervenção dos dois governantes que se estreiam, então haverá que concluir que, em política, o currículo não conta assim tanto, e que a surpresa tem um novo sinónimo – benefício. O tempo é para observar.

Flagrante inteligência: Lia-se na última página de um programa de 365algarve: “Papá, estamos f?d!@s?” e depois, em inglês para servir os turistas, “Daddy, are we f**ked?”. O que é esta gente tem na cabeça? N@d@.

Carlos Albino

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