SMS: Vários gatos por meia lebre

O pluralismo com aquela verdade na qual, acima de tudo e antes de tudo contam os factos, só depois, com clareza e compromisso, as sugestões com argumento, e por fim as livres opiniões submetidas ao confronto com outras, cabe no mapa do Algarve, onde até sobra terreno, muito terreno, para muitas mais opiniões e sugestões, embora quanto a factos, ou são ou não são verdade. Fora isso, a falsidade apenas azeda o pluralismo, envenena os próprios factos e liquida qualquer que seja o argumento, pelo que quando se procura o lugar da livre opinião, apenas se encontra o cadáver de uma opinião assassinada ou as cinzas de alguma sugestão cremada.

Pareça ou não, isto tem muito a ver com as muito próximas eleições presidenciais que, por efeito da subversão já evidente do debate político, não se destinam a eleger um Governo, mas o Mandatário individual e moderador do Estado que passará a moderar internamente e a representar externamente. Daí que, sem falsidade e em verdade, não se possa nem se deva eleger um doido varrido, ou uma criança que sem adolescência e maturidade tenha entrado diretamente na velhice já em fase de favor concedido pelo Padre Eterno, ou, na pior das hipóteses, um lunático despachado não da Lua da Terra mas da de Júpiter, ou, sabe-se lá!, lua de algum planeta fora do sistema solar, como aqueles que outrora faziam parte dos anexos do Hospital Júlio de Matos e onde toda a falsidade se devia perdoar, até por compreensíveis razões terapêuticas.

O tema, pelo exercício livre da escrita, facilmente nos levaria ao terreno da ficção, pelos exemplos que já temos à vista desarmada. Não é preciso vasculhar quem é ou não lua de Júpiter, ou, vá lá! apenas lua da terra.

Todavia, descendo à terra, e com paciência ao Algarve, já se viu quem tenha vendido gato por lebre. Pior, quem tenha tentado vender um gato por meia lebre.

E assim, com isto, não se influencia ninguém. Antes pelo contrário, confia-se na capacidade de cada um em identificar um gato, uma lebre e uma meia lebre. Ou seja, cão bom nunca ladra em falso. Ou, por ficção, caso se pretenda usar bicho diferente do gato, canta cada pássaro conforme o bico que tem.

E há cada passarão!

Flagrante voto: Que a RTP, no Algarve, seja pública e não uma quinta privada alugada por quem dá mais.

Carlos Albino

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