As equipas de resgate intensificaram esta terça-feira as operações em busca de mais sobreviventes do sismo que abalou este sábado o Equador. As autoridades sublinham que as primeiras 72 horas são decisivas, tendo estado esta terça-feira no terreno centenas de operacionais apoiados por cães e escavadoras.
Entretanto, o último balanço oficial indica que pelo menos 480 pessoas morreram e mais de 4 mil ficaram feridas na sequência do terramoto. Além disso, 231 pessoas continuam desaparecidas pelo que o número de vítimas mortais deverá ainda ser superior.
De acordo com os dados preliminares do governo equatoriano, cerca de 1500 edifícios colapsaram – sobretudo nas zonas costeiras – e mais de 20 mil pessoas ficaram desabrigadas.
“Não vale a pena enganarmo-nos: temos pela frente uma luta longa, mas não podemos desanimar. Os trabalhos de reconstrução deverão durar vários anos e serão necessários muitos milhões em investimento”, declarou o Presidente do Equador Rafael Correa, citado pela Reuters.
Prejuízos equivalem a 3% do PIB
O governante antecipou um prejuízo situado entre 2 e 3 mil milhões de dólares (1,7 e 2,6 mil milhões de euros), o que equivale a cerca de 3% do produto interno bruto (PIB) do país
Nesta altura começam também a chegar ao país as primeiras equipas internacionais de países como a Venezuela, México, Colômba, Chile, Peru e Cuba. São também esperados mais de 83 especialistas em desastres oriundos da Suíça, Espanha e EUA.
A prioridade destas equipas será chegar às zonas mais isoladas em que as populações enfrentam necessidades prementes como água potável, alimentos e medicamentos.
O sismo de 7,8 na escala de Richter que fez tremer este sábadoo Equador já teve 300 réplicas. Milhares de pessoas continuam a preferir dormir em abrigos ou ao relento, face ao receio das suas casas ou outros edifícios circundantes colapsarem.
Liliana Coelho (Rede Expresso)