Sondagem dá empate técnico entre o ‘sim’ e o ‘não’

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Os gregos estão mais divididos do que nunca. Uma sondagem publicada esta sexta-feira, a 48 horas do referendo sobre a última proposta dos credores internacionais, dá empate técnico entre o Sim e o Não.

De acordo com a sondagem, divulgada no jornal Eonos, o “Sim” está ligeiramente à frente, com 44,8% das intenções de voto, enquanto o “Não” recolhe 43,4%, uma margem de diferença muito pequena que não permite atribuir a vitória a nenhum dos lados. Há ainda 11,8% de indecisos.

Nos últimos dias, a diferença entre o “Sim” e o “Não” tem vindo a estreitar-se, à medida que se aproxima o referendo, convocado para domingo. As longas filas para o multibanco e a imagem de pensionistas desesperados para receber parte da reforma têm beneficiado a campanha a favor da última proposta dos credores internacionais, de acordo com os estudos de opinião.

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Segundo um inquérito divulgado quarta-feira à noite pelo site Euro2day, 47,1% dos gregos afirmavam que iriam votar a favor do “Sim” e 43,2% pelo “Não”, o que representava uma inversão da tendência verificada até aí nas intenções de voto.

Depois de divulgada, foram, no entanto, levantadas dúvidas sobre essa sondagem pela própria empresa que a realizou e que afirmou que a sua publicação foi feita sem a permissão do grupo e com apenas parte dos resultados.

No domingo, os gregos vão às urnas para responder à seguinte pergunta: “Deverá ser aceite o projeto de acordo que foi apresentado pela Comissão Europeia, o Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional no Eurogrupo de 25.06.2015 e que consiste em duas partes, que constituem a sua proposta unificada? O primeiro documento intitula-se ‘Reformas para a Conclusão do Presente Programa e Mais Além’ e o segundo ‘Análise Preliminar à Sustentabilidade da Dívida'”.

O Conselho de Estado da Grécia, que funciona como um Tribunal Constitucional, vai pronunciar-se entretanto sobre a legalidade do referendo, depois de dois cidadãos terem interposto uma providência cautelar para travar a consulta popular, considerando que não houve tempo suficiente para esclarecer os eleitores e que a pergunta está formulada em termos que são “impossíveis de compreender pela esmagadora maioria” da população. O acórdão dos juízes será conhecido esta sexta-feira.

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