Sondagem. PS ganha em votos mas perde em mandatos

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No artigo 187 da Constituição está escrito que o “primeiro-ministro é nomeado pelo Presidente da República, ouvidos os partidos representados na Assembleia da República e tendo em conta os resultados eleitorais”. Mas o problema é mesmo esse. Quais resultados? Se a 4 de outubro acontecer o que se prevê nesta sondagem, a vida de Cavaco Silva complica-se.

No estudo da Eurosondagem feito para o Expresso e para a SIC, o Partido Socialista consegue 35,5% das intenções de voto, elegendo entre 95 a 101 deputados. Já a coligação arrecada 34%, conseguindo 99 a 102 lugares no Parlamento. Ou seja, se os resultados das legislativas fossem estes, os dois blocos podiam facilmente reclamar vitória.

Na distribuição de mandatos, que será analisada no Expresso Diário desta sexta-feira às 18h, a CDU pode garantir entre 20 a 22 deputados – o que há mais 30 anos não acontece -, o BE pode eleger entre seis a nove – agora tem oito. O PDR de Marinho e Pinto pode meter os cabeças de lista de Lisboa e Porto e o Livre consegue eleger apenas um, Rui Tavares por Lisboa. Ou seja, se fosse o PS a ganhar as eleições, a maioria absoluta só seria possível com uma coligação com os comunistas: 95/101 + 20/22 = 115/123

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Esta sondagem foi realizada depois do debate da TV entre Passos e Costa na semana passada, mas já não apanha o frente a frente radiofónico realizado esta quinta-feira. E o que se percebe é que a boa prestação televisiva do líder socialista não se refletiu no resultado do partido. O PS desce cinco décimas em relação ao último barómetro (embora esta seja uma sondagem e que por isso tem outro método). Já a coligação PSD/CDS, na mesma comparação, caiu um ponto percentual, de 35% para 34%. Ou seja, a diferença entre os dois blocos está agora em 1,5 pontos, sendo que no último barómetro se situava em 1.

FICHA TÉCNICA

Estudo de opinião efetuado pela Eurosondagem S.A. para o Expresso e SIC, de 11 a 16 de setembro de 2015. Entrevistas telefónicas realizadas por entrevistadores selecionados e supervisionados. O universo é a população com 18 anos ou mais, residente em Portugal Continental e habitando lares com telefone da rede fixa. A amostra foi estratificada por região: Norte (20,5%); A.M. do Porto (13,9%); Centro (28,6%); A.M. de Lisboa (27,2%) e Sul (9,8%), num total de 1510 entrevistas validadas. Foram efetuadas 1867 tentativas de entrevistas e, destas, 357 (19,1%) não aceitaram colaborar no estudo. A escolha do lar foi aleatória nas listas telefónicas e entrevistado, em cada agregado familiar, o elemento que fez anos há menos tempo. Desta forma aleatória resultou, em termos de sexo: feminino — 51,5%, masculino — 48,5%, e, no que concerne à faixa etária, dos 18 aos 30 anos — 17,7%; dos 31 aos 59 — 50,5%; com 60 anos ou mais — 31,8%. O erro máximo da amostra é de 2,52%, para um grau de probabilidade de 95%. Um exemplar deste estudo de opinião está depositado na Entidade Reguladora para a Comunicação Social.

RE

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