Sotavento com mais diagnósticos de gripe

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Quatro mortes e 26 internamentos durante período crítico

Desde o início do ano, foram internadas 26 pessoas nos serviços hospitalares algarvios por situações clínicas complicadas originadas por gripe. Dos 26 utentes internados, quatro acabaram por falecer. Perante 503.762 utentes registados nos serviços de saúde da região, o número de casos graves de gripe ronda os 0,01 por cento

As informações fornecidas pelos serviços de saúde da região revelam que, desde o início do ano, o Serviço de Urgência Básica (SUB) de Vila Real de Santo António tem registado um número superior de diagnósticos de síndrome gripal face aos outros SUB da região.
Por exemplo, em Janeiro o SUB de Vila Real de Santo António registou 434 casos que face à população abrangida são valores superiores aos do SUB de Loulé que teve 466 registos. Apesar das SUB não terem uma divisão geográfica estanque para o atendimento de utentes, os dados do número de utentes registados por Agrupamentos de Centros de Saúde, permite ter uma noção do volume de população das diferentes zonas. No ACES Central que contempla os serviços de saúde de Albufeira, Faro, Loulé, Olhão e São Brás de Alportel estão 52 por centos dos utentes da região, cerca de 265.647 pessoas. O ACES Sotavento abrange os centros de saúde de Alcoutim, Castro Marim, Tavira e Vila Real de Santo António tem 61.760 utentes inscritos, cerca de 12,3 por cento do total de utentes da região.
Apesar dos serviços de saúde públicos da região não divulgarem detalhes como a zona de residência dos doentes que foram internados nos hospitais, o JA sabe que dois dos utentes que acabaram por falecer eram da zona do Sotavento.
Confrontado com esta situação, o delegado regional de Saúde Pública, Francisco Mendonça, diz que a maior incidência de casos numa determinada zona da região é encarada como coincidência. “A gripe está mais relacionada com os fatores de risco do que com a localização geográfica”, explicou.
Todavia, sublinha que o pico da gripe já passou e que desde há sete semanas a tendência é para o decréscimo do número de casos.
Perante os dados divulgados sobre os doentes que faleceram, Francisco Mendonça, admite que as mortes de jovens acabam por ter um impacto social maior. Contudo, recorda que “os idosos fazem religiosamente as suas vacinas” enquanto os jovens se acabam por desleixar um pouco.

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Casos críticos associados a fatores de risco

Os dados oficiais sobre a incidência da Gripe A (H1n1)2009 no Algarve durante este Inverno não são tão pormenorizados como os do ano anterior dado que já não se considera que exista uma situação de pandemia.
O delegado regional de Saúde Pública do Algarve, Francisco Mendonça, explica que este ano a própria vacina para a gripe já contemplava os vírus Influenza B e o vírus Influenza A H1N1 2009 e dado que foi retirado o alerta de pandemia, os casos passaram a ter apenas um diagnóstico clínico sem análises laboratoriais. Só no caso dos doentes internados é que terão sido realizadas algumas análises que ajudaram os profissionais a fazer o diagnóstico diferencial.
De acordo com os dados fornecidos pelo Departamento Saúde Pública do Algarve, o Hospital de Faro registou 14 internamentos com diagnóstico de gripe desde novembro de 2010. Dos 14 utentes tratados no Hospital de Faro, três acabaram por falecer.
O último óbito (…)

[Texto peça publicado na íntegra na edição papel do Jornal do Algarve de 3 de março]

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