Surto repentino em 30 países sugere que transmissão decorre há algum tempo

Mais de 550 casos confirmados em 30 países onde a doença não é endémica foram já reportados à OMS

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O surto de infeções pelo vírus Monkeypox em 30 países não endémicos sugere que os contágios estão a ocorrer há algum tempo, reconheceu esta semana a Organização Mundial da Saúde (OMS), instando as autoridades nacionais a expandirem a vigilância.

“O aparecimento repentino da Monkeypox em diferentes países ao mesmo tempo sugere que a transmissão [do vírus] não foi detetada por algum tempo”, referiu o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) em conferência de imprensa.

Segundo Tedros Adhanom Ghebreyesus, mais de 550 casos confirmados em 30 países onde a doença não é endémica foram já reportados à OMS, no âmbito do surto que teve início há cerca de um mês com casos de infeção pelo Monkeypox na Europa, incluindo Portugal, na América do Norte e no Médio Oriente.

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“A OMS insta os países afetados a expandirem a sua vigilância e a rastrearem casos nas suas comunidades mais vastas”, salientou o diretor-geral da organização, alertando que qualquer pessoa pode ficar infetada com o vírus em caso de contacto próximo com uma pessoa doente.

Na conferência de imprensa, a responsável técnica para a Monkeypox, Rosamund Lewis, admitiu que o surgimento de infeções fora de África foi uma surpresa, embora a OMS esteja a acompanhar a doença há mais de 15 anos no continente africano, onde milhares de casos e mortes se verificam todos os anos.

Segundo a OMS, África registou este ano 70 mortes por infeção pelo vírus Monkeypox.

“Não é uma doença desconhecida, mas é verdade que, no novo contexto em que se está a espalhar, é algo novo”, reconheceu Rosamund Lewis.

Entre os cenários que estão a ser estudados sobre o surgimento do atual surto, consta a possibilidade de a imunidade de grupo que foi alcançada no início da década de 1980, quando a varíola foi erradicada, ter diminuído.

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