As duas suspeitas do homicídio de um jovem de Albufeira de 21 anos, cuja cabeça foi encontrada em Tavira e o corpo em Sagres, ficam em prisão preventiva, segundo o Tribunal Judicial da Comarca de Faro.
As duas mulheres, uma segurança e uma enfermeira, estiveram ontem presentes a interrogatório judicial em Portimão por suspeitas de prática de crimes de homicídio qualificado, profanação de cadáver, acesso ilegítimo, burla informática e furto de uso de veículo.
Segundo foi conseguido apurar com a investigação e os interrogatórios às suspeitas, uma das arguidas conhecia a vítima e sabia que o jovem tinha recebido uma quantia elevada de dinheiro, cerca de 70 mil euros, um prémio de seguro devido ao atropelamento da sua mãe, em 2016.
Com o objetivo de ficarem com esse dinheiro, as suspeitas, no dia 20 de março “terão ambas ido a casa da vítima, situada na área de Silves, onde lhe terão dado disfarçadamente fármacos para a adormecerem e lhe terão apertado o pescoço até a matarem”, pode ler-se no comunicado.
Existem ainda suspeitas das arguidas terem roubado vários objetos de valor da casa da vítima, incluindo o telemóvel e o jovem foi levado “no seu próprio carro até casa das arguidas, situada na zona de Lagos”.
Os investigadores suspeitam que “na manhã seguinte cortaram e desmembraram o cadáver da vítima e guardaram-no em vários sacos de lixo que nos dias seguintes atiraram por uma arriba, em Sagres e esconderam na vegetação, em Tavira”.
Durante os dias seguintes, segundo o comunicado enviado às redações, “as arguidas terão ido fazendo levantamentos e pagamentos com o cartão de débito e com o telemóvel da vítima”.
O inquérito é dirigido pelo DIAP de Faro com a coadjuvação da Polícia Judiciária de Faro.
