Tavira: Cabeças de lista à Câmara querem mais investimento na cultura

ouvir notícia

.

O atual presidente da Câmara de Tavira, Jorge Botelho, que se recandidata ao cargo pelo PS, considera a cultura como um vértice “fundamental” para o desenvolvimento do concelho, mas não faltam reparos à atuação do executivo naquele domínio.

“O património existente, tem potencialidade para colocar Tavira na rota das cidades-património, mas é mal explorado. São pérolas por polir”, disse o candidato do Bloco de Esquerda, José Manuel do Carmo, esta terça-feira, durante o terceiro debate sobre as eleições autárquicas promovido pela ACRAL e pelo Canal Algarve, dando como exemplo os vestígios fenícios existentes.

O candidato do CDS, João Carvalho, lamentou o “desinvestimento” na Biblioteca Municipal e defendeu uma maior ligação entre as escolas e as associações culturais do concelho.

- Publicidade -

Elsa Cordeiro, candidata à presidência da Câmara pelo PSD, lamentou a falta de informação sobre o “modelo de gestão” do futuro Cineteatro António Pinheiro, assim como do local onde o Cineclube de Tavira “irá projetar os seus filmes”.

“Entregaram agora um espaço à Armação do Artista mas se os elementos da associação quiserem lá fazer alguma coisa não têm luz. Não têm nada. É uma falta de respeito”, considerou, por seu o turno, o candidato do movimento Nós Cidadão, Carlos Nunes.

Miguel Cunha, candidato da CDU, defendeu a criação de ateliês culturais no casco velho da cidade, onde artistas de várias proveniências se pudessem fixar, assim como a atribuição de bolsas de estudo aos autores dos melhores trabalhos ali desenvolvidos.

Jorge Botelho, caso seja reeleito, quer ter uma “oferta cultural de base local” e promete geminar Tavira com Glasgow, cidade onde “nasceu” Álvaro de Campos, reforçando a ligação da cidade ao heterónimo de Fernando Pessoa, não só com esse gesto mas também através da criação de referências “a nível da estatuária”.

Noutras áreas, a CDU quer reforçar o financiamento do Centro de Experimentação Agrária de Tavira e requalificar algumas escolas do concelho; o BE pretende desenvolver um programa de habitação social e um projeto global de desenvolvimento do desporto; o CDS promete “tudo fazer” para evitar a construção de uma nova ponte no rio Gilão e propõe deslocalizar o centro coordenador de transportes e criar no local um espaço verde; enquanto o movimento Nós Cidadãos defende a requalificação da Lota de Santa Luzia em detrimento da de Tavira e o polvo como símbolo associado ao concelho.

Para o PS, as prioridades são: a criação de emprego, em todos os setores de atividade, a requalificação do concelho e a valorização do território. O PSD promete voltar a fazer um protocolo com a administração central para a descentralização de competências na área da educação, assim como oferecer livros escolares até ao 12.º ano.

- Publicidade -
spot_imgspot_img

Deixe um comentário

+Notícias

Exclusivos

Deixe um comentário

Por favor digite o seu comentário!
Por favor, digite o seu nome

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.