Tavira com argumentos para lutar pelo pódio da Volta a Portugal

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O Atum General-Tavira-Maria Nova Hotel acredita ter “argumentos suficientes para ambicionar lutar pelo pódio” da Volta a Portugal, sobretudo depois de Frederico Figueiredo ter cimentado o seu valor e de a equipa ter menos pressão após separar-se do Sporting.

“Acho que temos argumentos suficientes para ambicionar lutar pelo pódio da Volta. O Frederico é o nosso líder e deu provas disso no Troféu Joaquim Agostinho. Não descuramos também as hipóteses que o Alejandro Marque tem de lutar por esses objetivos. Não somos favoritos a ganhar a Volta, como é obvio, mas penso que lutar por um lugar no pódio é um objetivo bastante razoável e que está ao alcance dos nossos atletas. É com esse objetivo que partimos para a Volta, e com essa ambição”, revelou à agência Lusa o diretor desportivo dos algarvios, Vidal Fitas.

A mesma fonte defendeu que faltava um resultado como a vitória no Troféu Joaquim Agostinho, no passado domingo, para Figueiredo “se convencer que tem esse valor, e que pode lá estar” na discussão da prova rainha do calendário nacional. “Faltava um resultado destes para cimentar aquilo que já sabíamos e que é o real valor que ele tem”, completou, mencionando o ciclista de 29 anos, que foi quinto na geral em 2018 e que no ano passado teve de desistir no último dia, quando era sétimo, devido às mazelas de uma queda no dia anterior.

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A equipa algarvia, a mais antiga do pelotão mundial, vai alinhar nesta edição especial com menos pressão, depois de nas quatro épocas anteriores ter corrido com as cores do Sporting.

“É evidente que traz mais pressão, uma visão diferente sobre as coisas. Enquanto a atitude das empresas é outra. Desde que estejas a lutar pela vitória, para aquilo que é a promoção de uma empresa é excelente. Quando perdes com um adversário direto [FC Porto], que também é um clube, é um drama”, reconheceu o técnico algarvio.

Vidal Fitas recorreu ao exemplo da Jumbo-Visma, formação do segundo classificado da Volta a França, o esloveno Primoz Roglic, que perdeu a amarela na véspera da chegada a Paris, após 11 dias na liderança, para ilustrar a situação vivida pelos tavirenses durante a sua associação aos leões.

“Imagine o que era a Jumbo-Visma chamar-se Sporting ou FC Porto. Era uma derrota, ponto. Mas para as empresas Jumbo e Visma, embora fosse histórico ganharem um Tour, em termos de retorno daquilo que é o investimento deles no ciclismo foi brutal, de certeza absoluta. Os clubes têm este problema: para eles só vale a vitória e nada mais. Os clubes querem vitórias, palmarés. Não conseguindo ganhar, tudo é mau”, sustentou.

Ultrapassada a fase verde e branca, o diretor desportivo do Atum General-Tavira-Maria Nova Hotel concentra-se agora no percurso desta edição, que tem “um figurino um bocadinho diferente do que costuma ter noutros anos, no escalonamento dos pontos decisivos da Volta”.

“Normalmente, os pontos decisivos acabam por estar um bocadinho mais divididos ao longo dos dias, neste caso estão centrados, a maior parte deles, nos primeiros quatro, cinco dias. Considero que o contrarrelógio é uma etapa decisiva e a de Setúbal pode vir a ser, porque tem dureza para isso. É um figurino diferente, mas não quer dizer que não seja equilibrado ou competitivo, que eu penso que vai ser. Quem faz a dureza das corridas são os corredores e não o percurso”, realçou.

Vidal Fitas disse ainda, relativamente ao contexto de pandemia de covid-19 em que se vai realizar a Volta a Portugal, que todos os intervenientes na prova têm de estar concentrados, porque “há uma série de procedimentos” que têm de seguir, mas indicou que “a maior parte das pessoas já os interiorizou”. 

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