Tavira em risco extremamente elevado e sem aulas presenciais

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Os alunos do 2.º e 3.º ciclo e do ensino secundário de todos os agrupamentos de escolas de Tavira estão sem aulas presenciais até, pelo menos, dia 10 de janeiro, depois do concelho ter sido colocado na lista de risco extremamente elevado devido à existência 262 casos ativos de covid-19, anunciou a Autoridade de Saúde Regional do Algarve (ARS).

“Determino a suspensão das aulas presenciais dos: 2.º ciclo, 3.º ciclo e ensino secundário de todos os agrupamentos de escolas, no município de Tavira, ao abrigo do artº 5.º, 7.º e 9.º do Decreto-Lei n.º 135/2013 de 4 de outubro de 2020, com base no princípio da precaução, na sequência da existência de 262 casos confirmados ativos de covid-19, com uma taxa de incidência a 14 dias superior a 960 casos/10 mil habitantes (risco extremamente elevado)”, revelou a ARS no domingo, num comunicado.

Esta decisão será revista a 10 de janeiro, “com análise da situação epidemiológica do município nessa data” e “caso surjam sinais ou sintomas” na comunidade educativa, deve ser contatada a Linha SNS24 através do número 808 24 24 24.

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“A investigação epidemiológica está em curso e será garantida a vigilância de contactos pela autoridade de Saúde/delegado de Saúde e serviços de Saúde pública, que irão identificar e manter em isolamento profilático e vigilância os contactos diretos dos casos confirmados, com o apoio permanente das forças policiais”, acrescenta a ARS no documento.

Segundo a Câmara Municipal de Tavira, as aulas vão decorrer “exclusivamente através das plataformas online” e os pais dos alunos já foram informados, através de e-mail pelos seus diretores de turma.

Tavira torna-se assim no primeiro concelho algarvio a atingir a taxa de incidência de risco extremamente elevado de contágio de covid-19 e terá de seguir novas regras de prevenção, como o recolher obrigatório aos fins-de-semana a partir das 13:00.

“O sacrifício de muitos concidadãos, foi anulado por outros que baixaram a guarda. Apesar de todos os apelos, vemo-nos obrigados a correr atrás do prejuízo. É imperioso conseguir travar estes números e essa missão é de todos, sem exceção. As autoridades competentes encontram-se atentas a quem desrespeita as orientações da DGS. Mas compete a todos nós denunciar comportamentos que põem em causa a nossa saúde e a nossa vida”, acrescenta a autarquia.

No domingo, o concelho do sotavento algarvio tinha 612 casos confirmados, 367 recuperados e 4 óbitos desde o início da pandemia, enquanto atualmente existem 659 pessoas em isolamento profilático.

Este aumento rápido de casos deveu-se a surtos num ginásio e no lar de idosos de Santa Maria, segundo a autarquia.

Este problema sanitário já levou ao pároco de Tavira, padre Miguel Neto, a divulgar uma mensagem, onde refere que o concelho “enfrenta uma grave situação relativamente à doença covid-19, provocada pelo vírus SARS-COV-2”.

“Pensamos que todos temos um comportamento adequado e cuidadoso, mas se o tivéssemos, não estaríamos a sofrer e a viver com números tão tristes relativos à pandemia”, considera o pároco, em comunicado.

O padre Miguel Neto acrescenta ainda que é “a hora em que devemos procurar promover entre nós a tranquilidade e implementar os gestos que nos garantam que todos somos capazes de respeitar os outros, de lhes dar segurança, de cumprir comportamentos que impeçam a propagação desta doença”.

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