Teixeira dos Santos diz que se diploma for chumbado resta o recurso ao estrangeiro

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O ministro das Finanças disse ontem que o recurso ao Fundo Europeu de Estabilização Financeira será “inevitável” caso o Orçamento do Estado seja chumbado no parlamento, horas depois de afirmar que Portugal “não resistirá a viver sem Orçamento”.

Em entrevista à SIC, Teixeira dos Santos sublinhou que “se Portugal não fizer o ajustamento orçamental que tem de fazer”, o que resta “nos canais de financiamento será imediatamente encerrado” e, advertiu, “uma economia sem financiamento é quase como viver sem oxigénio”.

O ministro foi entrevistado na estação televisiva depois de ter apresentado de tarde, em conferência de imprensa, o Orçamento do Estado para 2011 (OE2011).

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Teixeira dos Santos alerta que “no dia a seguir a uma reprovação do Orçamento” no parlamento, Portugal verá “bloqueados os financiamentos” à sua economia.

“Teremos de imediato de arranjar alternativas de financiamento e não vamos precisar de bater à porta que eles [Fundo Europeu de Estabilização Financeira, com o Fundo Monetário Internacional associado] se encarregarão de aparecer dizendo que o risco de incumprimento de Portugal é grande e algo tem de ser feito”, disse.

“Se nós falharmos, alguém virá aqui impor condições que vão ser mais duras, mais gravosas, e mais lesivas para todos nós” em comparação com as medidas do OE2011.

Este é um “orçamento muito exigente para todos”, reconheceu Teixeira dos Santos, mas as medidas da alternativa são “bem piores”.

Teixeira dos Santos indicou ainda que nas principais linhas do Orçamento do Estado para 2012, que vão ter de ser enviadas em março a Bruxelas, não espera apresentar mais medidas de austeridade.

“Não creio que seja necessário apresentar mais cortes”, disse.

AL/JA

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